O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (22) os primeiros homenageados do Kennedy Center Honors de 2024, incluindo nomes como George Strait, Sylvester Stallone, Gloria Gaynor, Kiss e Michael Crawford, gerando surpresa e controvérsia entre artistas e público. Trump, que assumiu o comando do centro cultural em seu mandato, declarou que será o anfitrião da cerimônia.
Homenageados surpreendem e geram debates
Entre os nomes destaque estão o cantor country George Strait e o ator Sylvester Stallone, conhecido por seu papel como Rocky. Além deles, também foi anunciado o grupo de rock Kiss, a cantora Gloria Gaynor e o ator e cantor Michael Crawford, conhecido pelo papel no musical “Fantasma da Ópera”.
“GREAT Nominees for the TRUMP/KENNEDY CENTER, whoops, I mean, KENNEDY CENTER, AWARDS”, escreveu Trump em suas redes sociais, brincando com o próprio nome do centro. Ele afirmou que as reformas no espaço visam elevar sua “luxuosidade, glamour e entretenimento” a um novo patamar, além de promover uma recente revitalização.
Histórico e polêmicas relacionadas às homenagens
Nos últimos anos, Trump demonstrou interesse em alterar a reputação do Kennedy Center, até cogitando a possibilidade de conceder o prêmio a artistas como Paul Anka e Stallone, figuras que, neste ano, também estão entre os indicados. Em 2017, por exemplo, o então presidente optou por não participar da cerimônia devido a críticas de artistas como Cher e Lin-Manuel Miranda, contrários às políticas de seu governo, que questionaram cortes na verba federal para as artes.
Recentemente, Trump ativou uma gestão mais assertiva na instituição, nomeando um novo conselho e prometendo uma ampla reforma no prédio. Em uma postagem no seu perfil na Truth Social, Trump sugeriu que pretende renomear o centro, originalmente chamado de John F. Kennedy Center, e restaurá-lo à sua glória histórica.
Reformas e reconquistas culturais
Segundo Trump, o Kennedy Center passará por uma transformação completa, incluindo uma renovação estrutural que o tornará uma “joia da arte e cultura dos EUA”. Ele também afirmou que o espaço será um destaque nas celebrações do 250º aniversário da independência americana, em 2026.
O centro cultural, que tradicionalmente era palco de presidentes de diferentes lados políticos durante a cerimônia, tem sido alvo de críticas por sua atual gestão, especialmente após declarações de Trump de que desejava um controle mais direto na seleção dos homenageados e debates sobre seu alinhamento político.
Reações e controvérsias
A escolha de nomes considerados polêmicos suscitou reações mistas. Figuras como a atriz e ativista Maria Shriver criticaram as possíveis mudanças de nome e a reestruturação do espaço, considerados “insanidades” por alguns políticos. Além disso, artistas e produtores de sucesso, como os criadores de “Hamilton”, já anunciaram que se afastarão de futuras parcerias com o centro devido às alterações na sua gestão.
“O centro estava em decadência, mas agora promete um grande retorno”, comentou Trump durante sua visita, reforçando a sua intenção de transformar o Kennedy Center em um símbolo de sua visão de arte e cultura.
Perspectivas futuras
A cerimônia de entrega do Kennedy Center Honors 2024 promete atrair atenção não apenas pelo conteúdo artístico, mas também pelo contexto político e institucional que a cerca. Observadores apontam que o centro continuará sendo palco de disputas sobre o seu papel cultural e político nos próximos anos, sob o comando direto do governo Trump.