Brasil, 18 de agosto de 2025
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Protestos em Israel pedem fim da guerra e libertação de reféns

Centenas de milhares se uniram em Israel para exigir a finalização do conflito e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.

Nos últimos dias, Israel tem sido o palco de grandes manifestações, onde centenas de milhares de pessoas se reuniram para exigir o fim da guerra em Gaza e reivindicar a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. O protesto mais maciço ocorreu no “Praça dos Reféns”, em Tel Aviv, onde os organizadores alertaram sobre os riscos que a ampliação do conflito representava para os cerca de 20 reféns ainda em poder do grupo.

Implicações da manifestação na política israelense

A manifestação é parte de uma greve nacional de um dia, que resultou em bloqueios de estradas, fechamento de escolas e universidades em algumas regiões. Durante o dia de protestos, quase 40 pessoas foram detidas. O Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou os protestos, alegando que eles poderiam endurecer a posição do Hamas e, assim, atrasar a libertação dos reféns

Por outro lado, o ministro de extrema-direita Bezalel Smotrich condenou as manifestações, descrevendo-as como uma “campanha prejudicial que fortalece o Hamas”. As famílias dos reféns e outros grupos contrários à expansão da guerra pediram a realização da greve.

Clamor emocional por justiça

Einav Zangauker, mãe de Matan, um dos reféns, destacou a necessidade de um “acordo abrangente e realizável” e um fim ao conflito. “Exigimos o que nos pertence — nossos filhos,” declarou a mãe no meio da multidão, enfatizando que o governo israelense transformou uma guerra justa em um conflito sem sentido. Emocionada, ela expressou sua angústia após um vídeo do filho ser divulgado, dizendo: “Meu coração arde de saudade”

As consequências da guerra em Gaza

Os protestos de domingo ocorreram após a decisão do gabinete de guerra de Israel de ocupar Gaza City, a maior cidade do território, e desalojar sua população, uma manobra condenada pelo Conselho de Segurança da ONU. Desde então, milhares de moradores do bairro de Zeitoun, no sul de Gaza, fugiram, enquanto os bombardeios incessantes israelenes criaram uma situação “catastrófica”, conforme reportou a municipalidade de Gaza, controlada pelo Hamas.

Situação crítica em Gaza

De acordo com a defesa civil de Gaza, pelo menos 40 pessoas foram mortas em ataques israelenses durante o sábado. O Hamas afirmou que as forças israelenses estão levando a cabo uma “ofensiva sustentada” nos bairros leste e sul da cidade.

Enquanto isso, o exército israelense anunciou que começaria a permitir a entrada de tendas na Faixa de Gaza por meio de agências de ajuda. As autoridades israelenses relataram que a operação tem como objetivo mover a população das zonas de combate para o sul da faixa, onde a proteção é mais viável.

A devastação e os números do conflito

Atualmente, Israel planeja deslocar de forma forçada cerca de um milhão de pessoas de Gaza City para campos no sul, mas não divulgou um cronograma exato sobre quando suas forças entrarão na cidade. O Primeiro-ministro Netanyahu está reportado como desejando ter toda a cidade sob controle israelense desde 7 de outubro.

De acordo com a ONU, cerca de 1,9 milhão de pessoas em Gaza, o que equivale a aproximadamente 90% da população local, já estão deslocadas. A organização internacional alertou para uma grave malnutrição na região e um cenário de fome que se agrava a cada dia. Esta onda de violência foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 indivíduos.

Até agora, a ofensiva de Israel deixou mais de 61.000 palestinos mortos, segundo dados do ministério da saúde de Gaza, que a ONU considera como fonte confiável. O impacto humanitário e as necessidades emergenciais continuam a aumentar em um dos conflitos mais devastadores da história recente.

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