Brasil, 21 de agosto de 2025
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Protesto pede justiça por mortes de mulheres em Ilhéus

Após o trágico assassinato de três mulheres em Ilhéus, comunidade se une em protesto por justiça e segurança.

No último domingo (18), a cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, foi cenário de um emocionante protesto após a morte de três mulheres. A população local se mobilizou para exigir justiça e celeridade nas investigações dos homicídios, que chocaram a comunidade. As professoras Alexsandra Oliveira Suzart e Maria Helena do Nascimento Bastos, acompanhadas da filha de Maria Helena, a estudante Mariana Bastos, foram encontradas sem vida em uma área de mata, levantando preocupações sobre a segurança pública na região.

O caso das vítimas

As mulheres desapareceram na tarde de sexta-feira (15), após saírem para caminhar na Praia dos Milionários, uma das mais renomadas de Ilhéus. Uma gravação de câmera de segurança flagrou as três passeando com um cachorro, pouco antes de seus desaparecimentos. O que deveria ser um passeio tranquilo se tornou uma tragédia, já que os corpos foram localizados no dia seguinte, em uma área de vegetação próxima.

De acordo com relatos da Polícia Civil, os corpos das vítimas apresentavam marcas de facadas. O caso, agora sob investigação, ainda não teve identificada sua motivação ou autoria. O delegado Helder Carvalhal destacou que a polícia está analisando imagens de câmeras de segurança de pelo menos 15 estabelecimentos comerciais nas proximidades onde os corpos foram encontrados, na esperança de encontrar pistas que ajudem a resolver o crime.

Mobilização da comunidade

O protesto realizado na segunda-feira reuniu dezenas de pessoas, todas com um único objetivo: clamar por justiça. Os manifestantes se uniram em um canto de louvores evangélicos, segurando cartazes com frases impactantes como “Mulher não é propriedade” e “Parem de nos matar”. A manifestação, que foi pacífica e contou com a presença da polícia militar, evidenciou a insatisfação da comunidade com a falta de segurança e as recorrentes violências sofridas por mulheres.

“A [Secretaria de] Segurança Pública precisa tomar uma providência. Nós não temos policiamento adequado e estamos sendo injustiçados. Estamos aqui para clamar por justiça por essas mulheres”, afirmou Kadja Barroso, uma das manifestantes. O desabafo de Kadja reflete um sentimento comum entre aqueles que participaram da mobilização: o medo constante e a necessidade urgente de ações eficazes para garantir a segurança de todas as mulheres.

Quem eram as vítimas?

As professoras Alexsandra e Maria Helena eram vizinhas e colegas de trabalho, dedicando-se ao atendimento profissional especializado no Centro de Referência à Inclusão, ligado à prefeitura local. As duas eram ativas em suas comunidades, promovendo a inclusão e o desenvolvimento social, e as redes sociais estão repletas de fotos que retratam momentos alegres entre amigas.

A jovem Mariana, de apenas 20 anos, era estudante universitária e proprietária do cachorro que estava com as vítimas durante o passeio. O animal foi encontrado amarrado a uma árvore, ainda com vida, e acolhido por familiares após o ocorrido. A cena trágica, com o cachorro esperando ao lado dos corpos, gerou uma forte comoção na cidade e nas redes sociais.

Investigações avançam

A Polícia Civil, sob a direção do delegado Carvalhal, não descarta nenhuma linha de investigação, buscando minuciosamente dirigir-se a qualquer pista que possa surgir. A determinação em esclarecer os fatos também é um clamor da população, que aguarda a identificação e prisão dos responsáveis pelo crime brutal.

As mortes de Alexsandra, Maria Helena e Mariana não são apenas uma tragédia individual, mas representam um chamado à ação coletiva. Movimentos por justiça e segurança estão ganhando força em todo o Brasil, e Ilhéus não é exceção. A luta pela valorização da vida e pela proteção das mulheres continua, refletindo um desejo por mudanças significativas nas políticas de segurança pública.

Enquanto isso, a comunidade se mantém unida, demonstrando que, apesar da dor, é possível encontrar força na coletividade para enfrentar a violência. O clamor por justiça é um passo vital em direção a uma sociedade mais segura e respeitosa.

Para mais atualizações sobre o caso e outros assuntos relevantes, acesse nosso site.

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