A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou uma desaceleração de 0,1% em junho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira. Apesar do movimento negativo, o índice fechou o primeiro semestre com um crescimento de 3,2%, sinalizando certa recuperação da atividade econômica.
Desempenho do IBC-Br e perspectivas para o PIB
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do desempenho do PIB, cresceu 1,4% na comparação anual, após registrar alta de 1,3% na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o índice atingiu 107,3 pontos, o segundo mês seguido de queda após recuo de 0,7% em maio.
O setor de serviços, que apresentou uma alta de 0,1% em junho, foi o único a mostrar um avanço tímido entre as principais atividades econômicas. Por outro lado, os setores agropecuário e industrial tiveram quedas de -2,3% e -1,1%, respectivamente.
Contexto econômico e projeções futuras
Segundo o Banco Central, os sinais indicam que a economia brasileira manteve certo dinamismo no início do ano, apesar dos juros elevados. No entanto, o próprio mercado financeiro projeta uma desaceleração nos próximos meses, com o crescimento do PIB estimado em cerca de 2% em 2025, abaixo dos 3,4% registrados em 2024.
O resultado reforça a tendência de moderação na trajetória de recuperação econômica do país. Especialistas afirmam que, embora os números estejam positivos, a desaceleração sinaliza uma maior cautela nas perspectivas de curto prazo.
O Banco Central e analistas do mercado continuam monitorando de perto os indicadores econômicos para ajustar suas projeções e políticas monetárias. Os próximos meses serão decisivos para definir se o ritmo de crescimento se manterá moderado ou se haverá novas surpresas na economia brasileira.
Perspectivas para o cenário econômico brasileiro
Apesar do crescimento no primeiro semestre, o cenário econômico do Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à inflação, juros altos e incertezas externas. Os dados do IBC-Br indicam uma recuperação gradual, mas os analistas destacam a necessidade de políticas de estímulo e ajustes estruturais para sustentar o avanço econômico.
A expectativa é de que o governo e o Banco Central adotem medidas que reforcem a confiança dos investidores e sustentem o crescimento, mesmo diante de um cenário global complexo e volátil.
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