Brasil, 18 de agosto de 2025
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O poder do minimalismo: dar pode ser a chave para a felicidade

A pesquisa revela que compartilhar e dar é mais importante que ter menos para ser feliz.

O minimalismo sempre prometeu clareza, propósito e, quem sabe, uma rotina de cuidados com a pele mais eficiente. Entretanto, pesquisadores da Nova Zelândia descobriram que o verdadeiro segredo para se sentir bem não está em ter menos, mas em dar mais. Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Otago com mais de 1.600 pessoas revelou que aqueles que relataram maiores níveis de felicidade não eram os que possuíam armários minimalistas ou despensas organizadas, mas sim aqueles que compartilhavam.

A pesquisa e seus resultados

O estudo foi publicado em forma de um artigo, onde a equipe investigou o impacto da generosidade na satisfação pessoal. Em vez de medir apenas a quantidade de bens ou a frugalidade, eles se concentraram no que chamaram de “beneficência”, que, por um lado, pode soar como um termo complicado, mas refere-se à simples prática de compartilhar—seja comida, habilidades ou tempo com a comunidade. Dr. Ronald Fischer, coautor da pesquisa, afirmou em entrevista que “é realmente a parte do dar que faz a maior diferença”.

Mais do que apenas ter menos

O minimalismo implica em menos objetos, mas isso não garante que uma pessoa se sinta vista ou valorizada. Por exemplo, consertar uma torradeira quebrada pode trazer certo alívio, mas ensinar o vizinho a consertar a sua é profundamente gratificante. Além disso, a pesquisa mostrou que as mulheres relataram um aumento de bem-estar ainda mais significativo em comparação aos homens.

Aqueles que mais se beneficiaram do estilo de vida simplificado não eram reclusos solitários; eles eram pessoas comuns que investiam em suas comunidades. Mercados de agricultores, bibliotecas de empréstimo e jardins comunitários foram identificados como os verdadeiros motores da satisfação pessoal, e não prateleiras de temperos organizadas ou quadros de tarefas que podem causar ansiedade.

A escolha pela simplicidade

Importante ressaltar que o estudo não provou uma relação de causa e efeito, e tampouco tratou de frugalidade forçada. O foco estava na escolha consciente pela simplicidade, e os participantes que optaram por esse estilo de vida afirmaram se sentir mais satisfeitos em suas comunidades, mais realizados e, de maneira geral, melhor, mesmo que seus armários não estivessem prontos para o Instagram.

Talvez você não precise se desconectar do mundo ou parar de cuidar dos seus cabelos. Pode ser que a verdadeira mudança comece com um simples “olá” para o vizinho. O minimalismo, portanto, não diz respeito apenas à redução do que possuímos; muitas vezes, está mais relacionado a aumentar a quantidade de cadeiras ao redor da mesa.

Considerações finais

Os resultados da pesquisa nos convidam a refletir sobre o que realmente significa viver de forma minimalista. A prática de compartilhar e nutrir laços comunitários pode ser uma abordagem transformadora não apenas para o indivíduo, mas para a sociedade como um todo. Afinal, o que realmente traz felicidade é o sentimento de pertencimento e de fazer parte de algo maior.

A conclusão é clara: dar pode ser tão valioso quanto, ou até mais do que, ter, levando a uma felicidade mais profunda e significativa. Portanto, ao avaliarmos o minimalismo, é importante lembrar que o verdadeiro propósito pode estar em nos tornarmos mais generosos e conectados.

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