Brasil, 18 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Juíza concede direito de adolescente provar sua identidade de gênero para usar banheiro

Mulher de 18 anos denuncia assédio de funcionária de Buffalo Wild Wings ao ser questionada na porta do banheiro por sua identidade de gênero

Gerika Mudra, de 18 anos, relata que foi ameaçada por funcionária de Buffalo Wild Wings, em Minnesota, ao tentar usar o banheiro feminino, em abril deste ano. Segundo ela, a funcionária insistiu que ela saísse, alegando que ela precisava provar que era mulher. A jovem anunciou sua identidade de gênero e mostrou que possuía características físicas compatíveis, mas a funcionária saiu sem pedir desculpas.

Questionamento da identidade de gênero como forma de discriminação

Gerika, assistida pela organização Gender Justice, protocolou uma denúncia por discriminação junto ao Departamento de Direitos Humanos de Minnesota. “Ela entrou gritando: ‘Este é o banheiro feminino, o homem tem que sair'”, contou Gerika em entrevista gravada por seus advogados. “Eu apenas disse, ‘Sou uma garota’, e ela insistiu que eu saísse. Mostrei que sou mulher e ela saiu sem se desculpar.”

A jovem afirmou que o incidente a deixou insegura quanto ao uso de banheiros públicos. “Depois disso, evito usar banheiros públicos; simplesmente aguardo ou testo demais para ir ao banheiro”, declarou.

Repercussão nas redes sociais e debates sobre direitos e privacidade

A denúncia tornou-se viral nas redes sociais, gerando uma onda de emojis de apoio e críticas ao comportamento da funcionária. Muitos internautas reforçaram que a questão não é apenas sobre a individualidade de Gerika, mas sim sobre os direitos e privacidade de pessoas trans. Um usuário relatou: “Disseram que uma mulher com seios seria prova suficiente de que ela é cisgênero, o que revela a ignorância sobre a biologia e as características humanas.”

Outro comentou, indignado: “Querem proteger mulheres e meninas, mas estão ameaçando e humilhando adolescentes trans ao exigir que provem sua identidade sexual de forma invasiva.” Também houve quem reforçasse que a prática de exigir provas físicas é ofensiva e perigosa: “Não há como provar que alguém é cisgênero sem isso se tornar uma espécie de violação.”

Consequências jurídicas e o combate à discriminação de gênero

Gerika busca agora que a Buffalo Wild Wings seja responsabilizada por suas ações e que sejam adotadas políticas mais inclusivas, evitando situações similares no futuro. A jovem deseja uma retratação formal e mudanças na conduta da rede de fast-food, para garantir respeito às identidades de todas as pessoas.

O caso evidencia a polarização sobre o tema da identidade de gênero, sobretudo em espaços públicos e privados. Especialistas alertam que procedimentos invasivos para comprovar a identidade de gênero prejudicam os direitos humanos e reforçam o preconceito.

Precedentes e próximos passos

A denúncia de Gerika ainda está sendo avaliada pelo Departamento de Direitos Humanos de Minnesota. A repercussão do episódio vem estimulando debates mais amplos sobre o respeito às diferenças e a necessidade de políticas de inclusão e proteção aos direitos das pessoas trans.

Autoridades e organizações afirmam que atitudes discriminatórias como essa reforçam a urgência de educação e conscientização sobre a diversidade de identidades de gênero no Brasil e no mundo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes