A treinadora e apoiadora de Donald Trump, Jillian Michaels, protagonizou uma forte contestação durante participação em programa da CNN, ao defender uma visão contestada sobre a história da escravidão nos Estados Unidos. A discussão ocorreu na noite de quarta-feira, em um painel que abordava mudanças culturais promovidas pelo governo Trump no Smithsonian e no Kennedy Center.
Mileintes de Michaels geram debate sobre narrativa histórica
No programa NewsNight, Michaels questionou discussões sobre os textos e exposições do Smithsonian, incluindo tópicos ligados à escravidão e temas de diversidade. Ela afirmou: “Você conhece alguma evidência de que menos de 2% dos brancos possuíam escravos nos EUA?” Referindo-se a dados históricos contestados, ela buscava minimizar a responsabilidade do grupo racial na instituição da escravidão no país.
O comentarista Ritchie Torres respondeu que, independentemente do número, “o sistema era de supremacia branca”. A discussão se intensificou quando Michaels afirmou que “a escravidão é uma prática antiga”, sendo interrompida por Phillip, que considerou a fala uma tentativa de “litigar quem foi beneficiado pela escravidão”.
Controvérsia e críticas às exposições do Smithsonian
Navegando por outros temas, Michaels questionou a presença de símbolos LGBTQ+ na entrada do Smithsonian, além de criticar uma exposição relacionada à questão de testes de gênero em esportes. Ela alegou que o programa tenta “lavar a imagem dos grupos oprimidos”, sendo imediatamente interrompida por Phillip, que afirmou: “Não temos tempo para discutir tudo isso.”
Repercussões e posições
A participação de Michaels gerou reações diversas nas redes sociais, com muitos críticos considerando seu posicionamento uma tentativa de revisionismo histórico. Especialistas em história afro-americana destacam que debates assim reforçam narrativas distorcidas sobre o passado racial dos EUA.
A representante do Congresso, Ritchie Torres, comentou que “é vital reconhecer o papel da escravidão na formação do país”, enquanto defensores de Michaels alegam a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o entendimento histórico. O episódio evidencia a polarização sobre temas culturais e históricos nos Estados Unidos atualmente.
Perspectivas futuras
O debate sobre a representação da história no Smithsonian e outras instituições deve continuar, especialmente em um momento de forte disputa sobre a narrativa da escravidão e direitos civis. Especialistas alertam que o diálogo deve ser feito com base em dados e respeito às diferentes perspectivas.