Brasil, 17 de setembro de 2025
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Inflação oficial deve ficar em 4,95% neste ano, aponta Boletim Focus

Previsão do mercado financeiro para o IPCA caiu para 4,95%, a décima segunda redução consecutiva, apesar de estar acima do teto da meta oficial

A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 5,05% para 4,95% neste ano, indicando a décima segunda queda consecutiva na estimativa. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC).

Projeções para os próximos anos

Para 2026, a expectativa de inflação caiu de 4,41% para 4,4%. As previsões para 2027 e 2028 são de 4% e 3,8%, respectivamente, de acordo com o relatório do BC. Apesar da melhora, a estimativa para 2023 ainda está acima do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%, considerando o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Contexto da inflação e impacto na economia

O IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou julho em 0,26%, contribuindo para o acumulado de 5,23% nos últimos 12 meses, além do limite da meta. Essa pressão é atribuída ao aumento na conta de energia, enquanto os preços dos alimentos, que também subiram, tiveram redução pelo segundo mês consecutivo. Segundo o IBGE, a inflação mais elevada em 2023 traz reflexos diretos na economia e na política monetária.

Política de juros e expectativas do mercado

Para conter a inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, ela está em 15% ao ano, após sete altas consecutivas que visaram aliviar a demanda e desacelerar a economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou, no mês passado, a interrupção do ciclo de aumento, mantendo a taxa neste nível, mas sem descartar novas elevações, caso as incertezas aumentem devido às condições globais, principalmente após a elevação do risco nas negociações comerciais dos Estados Unidos. Segundo o BC, a expectativa é que a taxa seja reduzida para 12,5% até o fim de 2026, seguindo uma previsão de diminuição progressiva até 2028.

Impactos na atividade econômica e câmbio

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano foi mantido em 2,21%, com expectativa de expansão de 1,87% em 2026, 1,87% em 2027 e 2% em 2028. A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxada principalmente pelo setor agropecuário, enquanto o PIB de 2024 fechou com alta de 3,4%, maior desde 2021. Quanto ao câmbio, a previsão para o dólar é de R$ 5,60 no final deste ano e R$ 5,70 em 2026, sinalizando certa estabilidade na cotação da moeda americana.

Especialistas avaliam que a manutenção de juros altos ajuda a controlar a inflação, mas pode dificultar a expansão econômica, além de influenciar no custo do crédito para consumidores e empresas. Fonte.

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