O furacão Erin, atualmente no Atlântico e classificado como categoria 4, passa próximo às Ilhas Turks e Caicos e às Bahamas na semana de 18 a 19 de agosto, causando inundações costeiras. Mesmo sem previsão de tocar a terra nos Estados Unidos, o fenômeno deve gerar ondas ameaçadoras e correntes de jato de alta intensidade, afetando a região de Florida até o Maine.
Impactos do furacão Erin na costa Leste dos Estados Unidos
Segundo o especialista em furacões da AccuWeather, Alex DaSilva, o furacão deve permanecer offshore durante toda sua trajetória, mas sua grande dimensão continuará provocando consequências. “Por ser bastante grande, Trará impactos, mesmo sem aterrissagem”, afirma DaSilva.
Na região das Outer Banks, em North Carolina, já há ordens de evacuação devido ao risco de ondas de até 15 pés (cerca de 4,5 metros). “Haverá erosão significativa nas praias e problemas graves de inundação costeira na região no meio da semana”, alerta o especialista.
Risco nas praias e cuidados para os banhistas
Embora outras regiões não enfrentem evacuações, as condições de segurança nas praias se tornam preocupantes, já que muitos podem tentar aproveitar o último momento de verão antes da volta às aulas. “Todo o litoral que vai de Miami até Maine precisa ficar atento ao risco de correntes de jato altamente perigosas”, aconselha DaSilva.
Ele reforça a importância de seguir sinais de advertência e orientações dos salva-vidas, já que as correntes de jato devem persistir até a próxima semana, pelo menos até sábado. “Vai ser uma semana muito perigosa para quem estiver na praia”, alerta o especialista. “Não subestime o poder dessas correntes, que podem causar acidentes graves.”
Influência das mudanças climáticas
O episódio de rápida intensificação de Erin, que passou de tempestade tropical a furacão de categoria 5 em apenas 24 horas, reflete uma tendência crescente atribuída às mudanças climáticas. Especialistas apontam que a frequência de eventos extremos como esse tem aumentado significativamente nas últimas três décadas, elevando os riscos de fenômenos de intensificação rápida.
O fenômeno reforça a necessidade de monitoramento contínuo e preparação adequada diante do aumento potencial de eventos climáticos extremos, uma consequência direta do aquecimento global.
Perspectivas para os próximos dias
DaSilva destaca que, mesmo com Erin se mantendo afastado da costa, os efeitos das ondas e correntes de jato representarão risco elevado por vários dias. Recomenda que a população fique atenta às atualizações meteorológicas e evite entrar na água em áreas não supervisionadas.
Autoridades locais e especialistas reforçam a importância de ações preventivas e do respeito às orientações de segurança, garantindo que o impacto do furacão seja minimizado na região.
