Brasil, 1 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Encontro de bispos na Amazônia busca renovação e compromisso

Conferência Eclesial da Amazônia se reúne para discutir desafios e fortalecer a presença da Igreja na região entre 17 e 20 de agosto de 2025.

O tão aguardado Encontro de Bispos da Pan-Amazônia, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), ocorrerá de 17 a 20 de agosto de 2025, em Bogotá. O evento tem como objetivo apresentar um panorama atualizado da realidade eclesial em uma região que é vital tanto para a vida dos povos quanto para a missão da Igreja. Este é um momento crucial para discutir os desafios que a Amazônia enfrenta e para buscar soluções que promovam a justiça e a sustentabilidade.

A importância da Amazônia para o mundo

A Amazônia é uma região que ocupa 47,5% do território sul-americano, abrangendo 8,47 milhões de km² e estendendo-se por oito países e a Guiana Francesa. Com uma imensa biodiversidade, concentra 20% da água doce mundial e abriga mais de 33 milhões de pessoas, incluindo entre 3 a 4 milhões de indígenas pertencentes a cerca de 390 povos, com uma diversidade linguística notável que ultrapassa 240 idiomas. Além disso, a região regula as chuvas na América do Sul e os fluxos de ar em nível global.

No entanto, a Amazônia também é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas. O desmatamento, a mineração, a exploração de hidrocarbonetos e práticas econômicas insustentáveis representam sérios riscos para seus ecossistemas e para as comunidades. Os desafios sociais e ambientais exigem uma resposta contundente e integrada, e o papel da Igreja neste contexto é fundamental.

A presença da Igreja na Amazônia

Atualmente, a presença da Igreja na Pan-Amazônia é significativa. São 105 jurisdições eclesiásticas distribuídas na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, totalizando 2.581 paróquias, zonas pastorais ou áreas missionárias. No Annuario Pontificio 2023, constatamos que a missão é realizada por uma vasta rede de 25.710 leigos, 5.041 religiosas e 4.206 presbíteros, entre outros. Esta presença diversificada é um reflexo da rica vida eclesial da região.

Além disso, o livro “Avancem para águas mais profundas: caminhos sinodais da Igreja na Amazônia”, que será lançado em breve, destacou a diversidade dos 168 bispos atuantes na região, com uma mistura de líderes diocesanos e religiosos. A experiência acumulada ao longo dos anos é um patrimônio precioso para construir um futuro mais justo e sustentável.

Um caminho sinodal

A trajetória da Igreja na Amazônia, desde suas origens coloniais até os dias atuais, passou por uma transformação significativa. Com o Concílio Vaticano II, houve um impulso para uma pastoral mais sinodal e inclusiva. De 1971 a 2013, diversos encontros e documentos, como os de Iquitos e Aparecida, formaram as bases para uma articulação pan-amazônica.

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), criada em 2013, e o Sínodo Amazônico, ocorrido entre 2017 e 2019, foram marcos importantes desse processo, culminando na exortação apostólica Querida Amazônia, onde o Papa Francisco delineou sonhos sociais, culturais e ecológicos para a região. O fortalecimento da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) em 2020 foi um inédito passo de união e colaboração entre diversas dioceses.

O grande encontro de 2025

Com a realização do primeiro grande encontro episcopal amazônico após o Sínodo de 2019, a CEAMA busca renovar o compromisso com a vida, os povos e a Casa Comum. O encontro, que acontecerá em Bogotá, promoverá um espaço de oração, discernimento e fraternidade, essencial para impulsionar a implementação dos sonhos descritos em Querida Amazônia e para fomentar a sinodalidade e a missão compartilhada entre os bispos e comunidades.

Por meio dessa troca de experiências e reflexões, espera-se que os participantes do encontro não apenas reafirmem sua missão, mas também desenvolvam estratégias eficazes para a proteção e promoção da Amazônia, garantindo um futuro digno para todos os seus habitantes. A expectativa é que essas discussões resultem em iniciativas práticas e em um compromisso renovado com a justiça social e ambiental na região.

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes