O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira os cinco homenageados do Kennedy Center Honors de 2024, incluindo nomes que geraram surpresa e polêmica, como o cantor country George Strait, o ator Sylvester Stallone, a cantora Gloria Gaynor, a banda de rock Kiss e o ator-sócio Michael Crawford. Trump, que agora assume o cargo de presidente do centro cultural, afirmou que o processo de seleção foi feito com sua “aproximação de 98%” e garantiu que o centro passará por uma grande reforma.
Indicações e controvérsia na escolha dos homenageados
Entre os nomes indicados por Trump, alguns têm sido alvo de debates por suas posições políticas ou por serem considerados “divergentes” pelo atual governo. Stallone, por exemplo, foi um dos nomes mencionados anteriormente pelo presidente como potencial “embaixador de Hollywood”, enquanto Gloria Gaynor ficou famosa pelo hit “I Will Survive” nos anos 70. Trump também comentou que rejeitou nomes que considerava “excessivamente woke ou liberais”, segundo suas próprias palavras.
Até o momento, o procedimento de escolha dos homenageados, tradicionalmente feito por um comitê bipartidário, não foi totalmente divulgado, e a imprensa questiona a transparência do processo. Historicamente, celebridades de diferentes espectros políticos, como Barbra Streisand, Warren Beatty, Charlton Heston e Tom Hanks, já receberam o prêmio por suas contribuições às artes.
Reformas e controvérsias envolvendo o Kennedy Center
Além da escolha dos homenageados, Trump lançou mão de uma série de ações que representam uma mudança significativa na gestão do centro cultural, incluindo a nomeação de um novo conselho de administração composto por aliados e a promessa de reformas estruturais. Ainda nesta semana, o centro anunciou que passará por uma renovação completa, buscando restabelecer sua “grandeza e prestígio”.
O próprio Trump comentou que pretende transformar o Kennedy Center em uma espécie de “padrão de excelência” cultural, incluindo uma participação mais ativa na programação e possíveis mudanças no nome oficial. Em uma publicação no Truth Social, ele afirmou que o local “estava em declínio”, mas que em breve teria uma “grande ressurreição”.
Repercussões e reações
Reações de artistas e figuras públicas foram diversas. Algumas personalidades criticaram a mudança de rumo do centro, enquanto outras celebraram a ampliação da visibilidade e do prestígio do local. A ex-prenadora Michelle Obama e nomes influentes na cena artística mencionaram suas reservas, enquanto apoiadores de Trump destacaram a iniciativa como um “renascimento cultural”.
Questionado sobre a participação de artistas ligados a causas progressistas, Trump afirmou que o centro “não será mais um palco de ideologias”, reforçando sua visão de um espaço de “orgulho patriota e conservador”.
Próximos passos e expectativas
O presidente anunciou que a cerimônia de homenagem deste ano acontecerá na presença de um elenco diversificado, com foco também em eventos que reforcem o orgulho nacional, incluindo celebrações do 250º aniversário dos Estados Unidos. Ainda não há previsão de mudanças no nome oficial do Kennedy Center, embora Trump tenha mencionado a possibilidade de uma reformulação na identidade do espaço, que pode incluir a rebatização para refletir seu ideal de “renovação”.
A expectativa é que o centro cultural, sob influência direta de Trump, passe a adotar uma linha mais alinhada às suas posições políticas, o que pode gerar tensões com artistas e instituições tradicionais do setor. O governo afirma que os investimentos e reformas irão elevar a importância do Kennedy Center ao patamar de um símbolo nacional de arte e cultura.