Brasil, 17 de agosto de 2025
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Suspeitos do atentado contra Vinícius Drumond são identificados

Oito suspeitos foram apontados na tentativa de execução do bicheiro Vinícius Drumond, com três já presos e dois foragidos.

As investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital revelaram que pelo menos oito suspeitos estiveram envolvidos na tentativa de assassinato do bicheiro Vinícius Drumond, ocorrida em julho na Avenida das Américas, no Rio de Janeiro. O crime, que mobilizou a atenção das autoridades e da população, expôs a complexidade do mundo do crime organizado na cidade.

Participação dos suspeitos no atentado

De acordo com as autoridades, cinco dos oito suspeitos já foram identificados. Dentre eles, três estão presos e dois permanecem foragidos. A polícia identificou que os criminosos se dividiram em três funções essenciais durante o atentado: monitoramento, execução e apoio. Os responsáveis pelo monitoramento estavam encarregados de seguir a rotina da vítima para identificar o melhor momento para o ataque. Já os pistoleiros foram os que efetivamente dispararam contra o veículo de Vinícius, enquanto outros atuavam como olheiros ou forneciam apoio logístico com veículos para a fuga.

No dia 11 de julho, Vinícius Drumond estava dirigindo seu carro blindado quando foi alvo de mais de 30 disparos. Ele conseguiu escapar sem ferimentos graves, em grande parte devido à blindagem do seu veículo, mas a tentativa de execução destaca a violência e os conflitos que permeiam o submundo do crime no Rio de Janeiro.

Identificação e prisão dos suspeitos

Até o momento, os seguintes indivíduos foram presos: Deivyd Bruno Nogueira, conhecido como “Piloto”, Luís César da Cunha, um PM da ativa, e Adriano Carvalho de Araújo. Uma gravação obtida pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostra “Piloto” monitorando a rotina de Vinícius no dia 9 de julho, pouco antes do atentado. Além disso, imagens de câmeras de segurança registraram a movimentação dos criminosos antes do ataque, que ocorreu em plena luz do dia.

Os foragidos até agora são Jorge Affonso Marins de Assis e Rafael Ferreira Silva, conhecido como “Cachoeira”. O nome de “Cachoeira” já havia sido mencionado em uma letra de funk que faz referência a ações de grupos de extermínio na região; ele é considerado uma figura chave na trama que ligou diversos crimes relacionados a disputas de poder no submundo do crime.

A forma como o crime foi executado

As investigações apontam que os criminosos partiram de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e percorreram cerca de 40 km até alcançar Vinícius. Estavam armados com fuzis de alto calibre, o que eleva o grau de pentensão em relação às armas utilizadas durante o ataque. O veículo dos bandidos foi preparado especificamente para essa ação, com “seteiras” — aberturas nas portas para disparar os fuzis sem precisar sair do carro —, o que demonstra o planejamento meticuloso do crime.

Os ataques a bicheiros e líderes do crime organizado aumentaram nos últimos anos, refletindo a luta pelo controle de áreas e atividades criminosas. Drumond é considerado um dos principais bicheiros de nova geração, e sua ascendência no crime organizado é notável, especialmente com as raízes que ele tem no meio, sendo filho de Luizinho Drumond, ex-presidente da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, assassinado em 2020.

Contexto das operações contra Vinícius Drumond

Além do atentado, Vinícius Drumond também foi alvo de uma operação policial em fevereiro, intitulada “Operação Ouro Negro”, que visava desmantelar uma quadrilha que furtava combustíveis de dutos subterrâneos da Petrobras. Ele era um dos principais líderes dessa operação, segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. A bandidagem atua em vários estados, extraindo petróleo para revenda em diversas indústrias.

Recentemente, Vinícius também foi homenageado como patrono da escola de samba Em Cima da Hora, mostrando como figuras do crime muitas vezes se mesclam com a cultura popular, mesmo em meio a tantas controvérsias e perigos que assolam essa realidade.

A atenção das autoridades para com Vinícius e os demais envolvidos nesse meio continuado, assim como a investigação em curso, é uma esperança para muitos pela redução da violência gerada por disputas no crime organizado.

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