Brasil, 17 de agosto de 2025
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Juíza suspende licença de Buffalo Wild Wings após denúncia de assédio no banheiro

Uma jovem de Minnesota denuncia ter sido forçada a provar seu gênero por funcionária da cadeia, gerando debate sobre direitos LGBT+

Uma adolescente de 18 anos afirmou que uma funcionária do Buffalo Wild Wings, em Owatonna, Minnesota, a acusou de ser homem e a obrigou a provar seu gênero para usar o banheiro feminino, em incidente ocorrido em abril. A denúncia levou à suspensão da licença do estabelecimento, após uma ação judicial movida com apoio de uma ONG de direitos civis.

O que aconteceu na loja de Buffalo Wild Wings?

Gerika Mudra relatou que entrou no restaurante e sentiu-se desconfortável logo de início. Segundo ela, uma funcionária bateu na porta do banheiro feminino, gritando que ela precisaria sair, alegando que ela era um homem. Em entrevista gravada por seus advogados, Gerika disse: “Ela entrou gritando, ‘Este é o banheiro feminino, o homem precisa sair’. Ei, eu apenas disse, ‘Sou uma menina’, e ela respondeu que eu precisava sair na hora. Mesmo assim, mostrei que sou mulher, e ela saiu sem pedir desculpas.”

Gerika contou que, para evitar mais assédio, mostrou seus seios por baixo da roupa, deixando claro que era uma mulher. “Depois disso, eu praticamente não uso mais banheiros públicos. Eu só segurei até agora”, declarou.

Reação pública e consequências judiciais

Com o apoio da organização Gender Justice, Gerika entrou com uma denúncia de discriminação junto ao Departamento de Direitos Humanos de Minnesota contra o Buffalo Wild Wings. A advogada Sara Jane Baldwin afirmou que a ação busca responsabilizar a cadeia, obter um pedido de desculpas e promover mudanças na política do estabelecimento.

Repercussão nas redes sociais

O caso caiu na internet e gerou considerada comoção. Diversos usuários manifestaram-se contra a violência e o preconceito sofridos por Gerika, ressaltando que episódios como esse evidenciam que a transfobia prejudica toda a sociedade. “Dissemos que a transfobia dói TODAS as mulheres, não apenas às mulheres trans”, comentou um internauta. Outros criticaram a exigência de provas físicas como forma de validar a identidade de alguém e defenderam que esse tipo de controle reforça práticas discriminatórias e invasivas.

Debate sobre direitos e privacidade

Vários comentários apontaram que a política de verificar o corpo de uma pessoa trans para permitir o uso do banheiro viola sua privacidade e autonomia. “Não há como provar que você é cis sem se sujeitar a uma espécie de agressão sexual”, escreveu um usuário, reforçando que tais atos representam, na prática, uma forma de violência.

Medidas adotadas e perspectivas futuras

Após a denúncia, o Buffalo Wild Wings anunciou que irá revisar suas políticas internas e reforçar treinamentos contra discriminação. A cadeia também declarou que a licença do restaurante está temporariamente suspensa enquanto investiga o caso. Espera-se que essa iniciativa contribua para maior conscientização sobre os direitos das pessoas trans e a necessidade de ambientes mais inclusivos.

O debate sobre a questão continua acalorado nas redes sociais, trazendo à tona a urgência de se promover o respeito à diversidade e garantir a privacidade de todos nos espaços públicos. Será fundamental acompanhar as ações de órgãos reguladores e a resposta da cadeia de restaurantes às reivindicações de justiça e igualdade.

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