Brasil, 17 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Jillian Michaels faz escândalo ao defender visão minimizada sobre escravidão em debate na CNN

Celebridade apoiadora de Trump perdeu o controle ao tentar proteger pontos controversos sobre história racial e escravidão nos EUA em programa ao vivo

Nessa quarta-feira, a ex-treinadora do programa Big Brother e apoiadora de Donald Trump, Jillian Michaels, protagonizou uma crise de nervos durante participação no painel do CNN NewsNight. Ao discutir a tentativa do governo de reescrever a narrativa histórica, Michaels se descontrolou ao defender visões minimizadoras sobre a escravidão e a compreensão da herança racial americana.

Conflito na CNN aborda história, Walmart e polarização

Durante o debate acalorado, Michaels questionou a narrativa oficial ao discutir exibições do Smithsonian, afirmando que “apenas menos de 2% dos brancos americanos possuiram escravos”, citando uma fonte contestada. Ela argumentou que a escravidão foi uma prática antiga e que a análise da história deveria evitar apontar culpados específicos, reforçando uma narrativa de que “tudo é uma questão de sistema de supremacia branca”.

O painel incluía o comentarista conservador Scott Jennings, a deputada democrata Ritchie Torres, a estrategista Julie Roginsky e o analista jurídico Elie Honig. Ao tentar defender sua tese, Michaels interrompeu várias vezes e gerou forte reação dos demais convidados, que questionaram seus argumentos historiográficos.

Polêmicas e críticas à curadoria do Smithsonian

Além da discussão racial, Michaels criticou elementos presentes no Smithsonian, como a exibição de uma bandeira LGBTQ+ na entrada do museu. Ela também disse que havia “um exibições que tocam em teste de gênero em esportes” que não se encaixavam na visão tradicional e que não haveria tempo para discutir tais temas no programa.

“Você sabia que ao entrar [no Smithsonian] a primeira coisa que se vê é a bandeira gay?”, questionou Michaels, que é casada com uma mulher, desconsiderando o cenário de diversidade promovido pelas instituições culturais.

Reação e repercussão nas redes

A participação de Michaels gerou forte repercussão nas redes sociais, com internautas criticando seu discurso por minimizar o impacto da escravidão na sociedade americana e por seu posicionamento contra o reconhecimento de temas relacionados aos direitos LGBTQ+. Especialistas em história alertam que a tentativa de negar fatos e reduzir a complexidade do passado reforça narrativas revisionistas.

Contexto político e debates atuais

A discussão ocorre em um momento de forte polarização política nos Estados Unidos, onde temas relacionados à identidade, história e cultura têm sido palco de debates intensos, influenciados pelas ações do governo e por movimentos sociais. A postura de Michaels reflete uma parcela da opinião conservadora que busca reverter ou minimizar avanços na narrativa sobre os direitos civis e ações de reparação.

Entretanto, historiadores e instituições culturais ressaltam a importância de um entendimento amplo e crítico do passado, com ênfase na luta contra o racismo e na valorização da diversidade. A controvérsia envolvendo Michaels evidencia o clima de confronto ainda presente na sociedade americana em relação à história e à cultura.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes