Nessas regiões do interior paulista, muitas histórias de dedicação à vida no campo continuam presentes após anos de trabalho. Em Onda Verde (SP), José Cerino Simões, aposentado, vive no sítio onde começou aos 23 anos, dedicando-se ao leite manualmente por mais de três décadas. Mesmo tendo seu trabalho arrendado para a cana, ele mantém um pequeno rebanho “para ter ocupação”, demonstrando forte ligação com a rotina rural.
Resistência e manutenção de tradições na atividade rural
José, que passou toda a vida na agricultura, ressalta a importância de preservar as atividades tradicionais, mesmo frente à modernização e às mudanças econômicas. “O sítio é minha vida, minha história. Aqui, ainda faço tudo do jeito que aprendi”, afirma. Assim como ele, inúmeros agricultores e aposentados mantêm suas atividades diárias na zona rural, valorizando a cultura do trabalho manual.
Desafios e motivações na rotina rural
Apesar das dificuldades, como a necessidade de adaptação às novas tecnologias ou a variação de preços, esses trabalhadores demonstram resistência ao abandono das atividades tradicionais. Segundo especialistas, esse perfil de vida representa uma combinação de apego cultural, necessidade econômica e preferência por um modo de vida mais próximo da natureza.
Perspectivas para o setor rural paulista
Analistas indicam que a preservação dessas histórias reforça a importância de políticas públicas que apoiem a agricultura familiar e o sustento de atividades tradicionais. Garantir condições adequadas de crédito, assistência técnica e valorização cultural são passos essenciais para fortalecer o setor e reconhecer a riqueza dessas vivências.
A reportagem reforça que, apesar do avanço da urbanização e das mudanças sociais, a resistência dessas histórias na zona rural paulista mostra o valor do trabalho manual e a ligação profunda dessas pessoas com a terra.
