A história de Claus Costa Pusch, de 39 anos, e sua família retoma à tona a questão da saúde em viagens longas e suas consequências inesperadas. Recentemente, Claus faleceu devido a complicações cardíacas após retornar de uma viagem ao Chile ao lado de sua esposa, Yandra Kalçowisk, e suas duas filhas. O caso não só emociona, mas também nos alerta sobre a trombose venosa profunda (TVP) e suas possíveis consequências, como a embolia pulmonar.
Uma viagem marcada por memórias
O casal, que estava junto desde os 17 anos de Yandra e 23 de Claus, fez da trip ao Chile uma experiência única, cheia de descobertas e recordações. Anos antes, também tinham viajado para o mesmo destino, mas desta vez foi especial, pois conseguiram levar as filhas e realizar atividades que não tinham feito da primeira vez. “Com a minha segunda filha, ele disse que agora ela havia ido a todos os lugares que conhecíamos”, relembrou Yandra.
Claus, que era dono de uma imobiliária, sempre foi considerado saudável e não apresentava sintomas de doenças antes do trágico desmaio que o levou ao hospital, onde foi diagnosticado com uma embolia pulmonar após uma trombose venosa profunda (TVP) desenvolvida possivelmente durante o voo. “A trajetória dele foi muito bonita, não tem muito o que falar”, disse a viúva, revelando a dor de quem perdeu um ente querido.
A importância da saúde durante viagens longas
De acordo com o cirurgião vascular Marcello Romiti, a TVP é uma condição que pode afetar qualquer pessoa durante um voo… É importante lembrar que a compressão na cabine pode causar o surgimento de coágulos, independentemente de a pessoa ter problemas de saúde pré-existentes. “Qualquer pessoa saudável pode desenvolver TVP em uma viagem de avião por conta da má circulação sanguínea”, enfatizou Romiti.
Sintomas e sinalizações de alerta
Yandra relatou que Claus sentiu desconforto na perna após a viagem, mas inicialmente acreditou que era apenas uma dor muscular. Nos dias seguintes, ele começou a apresentar falta de ar e um mal-estar geral. Mesmo assim, insistiu em seguir com suas atividades diárias normalmente. O desenrolar final desta história, com Claus desmaiando durante um jogo de futebol, é um alerta sobre a necessidade de atenção aos sinais que o corpo nos dá.
A internação em UTI foi um momento de angústia para a família, e o esforço dos médicos em reanimá-lo é uma lembrança dura da fragilidade da vida. Yandra permaneceu ao lado do esposo durante todo o processo, sempre com esperança. Contudo, na madrugada do dia 11, Claus veio a falecer, mesmo após tantas tentativas de salvar sua vida.
Um legado de vivenciar a vida ao máximo
Claus não era apenas um viajante; ele era a essência da vontade de aproveitar a vida intensamente. Segundo Yandra, após a sua recuperação do câncer em 2020, o casal começou a valorizar ainda mais os momentos juntos, priorizando viagens e experiências em família. “Ele sempre dizia que a vida era curta, e que deveríamos aproveitar ao máximo”, contou, relembrando as palavras do esposo. Esse valor pela vida é um legado que ele deixou para suas filhas e todos que o conheceram.
Claus fez amizades durante suas viagens, espalhando alegria e entusiasmo por onde passou. “Ele era intenso e muito brincalhão. Fazia piada com todo mundo”, finalizou Yandra, evidenciando a natureza calorosa do marido.
Prevenção e saúde: o que fazer antes de viajar?
Com a tragédia da história de Claus, o alerta é claro: a saúde em viagens longas deve ser prioridade. A recomendação do especialista é que as pessoas façam consultas com um cirurgião vascular antes de embarcar e considerem o uso de meias elásticas para ajudar na circulação durante os voos. “A prevenção é essencial e pode salvar vidas”, concluiu Romiti.
As memórias e a trajetória de Claus são lembradas com carinho por Yandra e suas filhas, que agora carregam consigo o ensinamento sobre a importância de viver com intensidade e valorizar cada momento em família.
