O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (24) os cinco nomes indicados ao Kennedy Center Honors deste ano, cargo que ocupa de forma interina desde sua nomeação como presidente do centro cultural. Entre os homenageados estão George Strait, Sylvester Stallone, Gloria Gaynor, a banda Kiss e Michael Crawford, escolhas que provocaram surpresa e críticas no universo artístico.
Homenageados do Kennedy Center Honors sob liderança de Trump
Trump divulgou a lista de indicados pelo centro, afirmando que foi ele quem conduziu o processo de seleção, embora tradicionalmente esses prêmios sejam definidos por um conselho bipartidário independente. Os nomes incluem artistas de diferentes gêneros, como o cantor country George Strait, ator de Hollywood Sylvester Stallone, a cantora disco Gloria Gaynor, o grupo de rock Kiss e o ator-singer Michael Crawford. O mandatário afirmou ainda que não gostaria de sediar a cerimônia, mas que foi convidado e aceitou.
“Grandes nomes para os prêmios do TRUMP/KENNEDY CENTER, ops, digo, KENNEDY CENTER, PRÊMIOS”, escreveu Trump em suas redes sociais. Ele também destacou o projeto de renovação do prédio, prometendo devolver ao local seu prestígio e glamour, incluindo obras de revitalização que valorizem sua arquitetura e importância cultural.
Controvérsias e críticas às escolhas
Desde que retornou ao cargo, Trump tem adotado uma postura polêmica em relação ao Kennedy Center, incluindo a possibilidade de alterar seu nome para homenagear Melania Trump. Sua influência na instituição, antes marcada pelo afastamento durante seu mandato anterior, agora resulta na substituição do conselho de administração por aliados leais e maior intervenção nas decisões do centro.
O anúncio também reacendeu debates sobre o conteúdo das indicações, que, segundo fontes internas, foram feitas por Trump com base em preferências pessoais e alinhamento político, deixando de lado nomes tradicionais e mais conservadores da história do centro. Artistas como Cher, Lin-Manuel Miranda e Sally Field participaram da cerimônia de protesto em anos anteriores, recusando-se a comparecer por discordâncias com as políticas de Trump.
Impacto na tradição do prêmio e críticas do setor
Historicamente, o Kennedy Center Honors busca reconhecer artistas que contribuíram significativamente às artes nos Estados Unidos, independentemente de alinhamento político. No entanto, a gestão de Trump tem se destacado por seu viés partidário e ações que ameaçam a neutralidade tradicional do prêmio. Em 2017, ao ser criticado por não apoiar eventos de artistas de esquerda, Trump optou por boicotar a cerimônia, uma prática que se rompe agora com sua presença e com as mudanças institucionais.
Especialistas avaliam que as ações de Trump podem afetar a recepção e a credibilidade das homenagens, além de gerar polarização sobre o significado do prêmio. Analistas também alertam para os riscos de transformar uma tradição cultural em ferramenta de fortalecimento político.
Renovações e perspectivas futuras para o Kennedy Center
Trump anunciou que investirá na modernização da estrutura do Kennedy Center, transformando-o em um símbolo de revitalização cultural nos Estados Unidos. Usa uma linguagem de esperança e destaque, prometendo elevar o centro a um novo patamar de luxo e excelência, além de integrá-lo às celebrações do 250º aniversário da independência americana.
O centro declarou, em nota oficial, que sente-se honrado com a visita de Trump, marcando uma nova fase de reinvestimento na sua história e patrimônio cultural. Especula-se que as mudanças, incluindo uma possível troca de nome do centro, possam alterar o legado de uma das mais prestigiadas instituições artísticas do país, refletindo o perfil político do governo atual.
Enquanto isso, a cerimônia de entrega do Kennedy Center Honors, marcada para o próximo mês, promete ser um evento de forte impacto simbólico e político, com artistas e público atento às repercussões dessas decisões.