O ex-presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (29) os nomes dos homenageados ao Kennedy Center Honors de 2024, nomeando figuras como o cantor country George Strait, o ator Sylvester Stallone, a cantora Gloria Gaynor, a banda de rock Kiss e o ator-sócio Michael Crawford. Trump, que agora assume o cargo de chairman do centro, afirmou que participou da escolha dos homenageados e reiterou planos de reformar e revitalizar a instituição.
Nomes controversos na lista de honrados
Entre as escolhas, alguns nomes chamaram atenção pela surpresa ou pela controvérsia: Sylvester Stallone, por exemplo, foi mencionado pelo próprio Trump, apesar de já ter sido considerado para o prêmio anteriormente. A cantora Gloria Gaynor, conhecida pelos hits disco dos anos 70, e a banda Kiss, símbolo do rock, também fazem parte da lista que tem causado alvoroço nas redes sociais.
Trump comentou que a seleção foi feita com cerca de 98% de envolvimento e que rejeitou nomes considerados “muito woke” ou liberais demais. Ele afirmou ainda que as indicações são “ótimas pessoas” e destacou que seu envolvimento busca manter a tradição de honrar nomes de destaque na cultura mundial.
Transformações e controvérsias no Kennedy Center
Desde que assumiu seu novo papel, Trump tem promovido mudanças radicais na administração do Kennedy Center, incluindo a demissão do conselho de trustees e a nomeação de apoiadores fiéis ao seu governo. Além disso, o ex-presidente prometeu restaurar todo o prédio do centro e modernizar sua infraestrutura, tornando-o uma “joia” das artes e cultura americanas.
Em suas redes sociais, Trump também insinuou a possibilidade de renomear o centro, que atualmente leva o nome do presidente John F. Kennedy, para marcar uma “retomada do seu prestígio”. Ele comentou que o espaço “caiu em decadência” e que, em breve, estará em grande recuperação, incluindo uma celebração especial na comemoração do 250º aniversário dos Estados Unidos.
Reações e críticas
A iniciativa de Trump tem recebido críticas de figuras como Maria Shriver, sobrinha de Kennedy, que chamou de “insana” uma proposta de renomear o centro após o ex-presidente. Durante seu mandato anterior, Trump evitou participar da cerimônia de honra ao Kennedy Center, principalmente por motivos políticos e de protesto artístico, ao lado de artistas como Cher, Lin-Manuel Miranda e Sally Field, que criticaram suas políticas.
A presença de Trump como convidado e a sua influência direta nas nomeações trazem um novo capítulo à história do evento, que tradicionalmente celebra a diversidade artística de forma bipartidária. Artistas de diferentes espectros políticos já manifestaram preocupação com o impacto da sua postura na cultura e na independência do Kennedy Center.
Próximos passos e impacto cultural
Segundo fontes próximas à organização, o Kennedy Center pretende realizar uma cerimônia marcada por mudanças substanciais, incluindo a possível renovação de espaços e uma cerimônia de gala que promete refletir o novo perfil do centro sob a liderança de Trump. A expectativa é que o evento deste ano seja marcado por debates sobre o papel da cultura na política e na sociedade americana.
Por enquanto, as indicações causaram tanto entusiasmo quanto críticas, indicando que a relação de Trump com o Kennedy Center será, mais uma vez, um tema central no cenário cultural dos Estados Unidos.