Brasil, 16 de agosto de 2025
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Saúde de Jair Bolsonaro: ex-presidente realiza novos exames médicos

Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, passa por exames após complicações de saúde em Brasília.

Em um cenário de tensão e incertezas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, realizou exames médicos neste sábado em um hospital particular de Brasília. Nos últimos dias, relatos de familiares e aliados indicam que a saúde do ex-chefe do Palácio do Planalto piorou, com o retorno de crises de soluços e episódios de dispneia (falta de ar), sintomas que são atribuídos a uma esofagite decorrente de um procedimento realizado em abril.

Condições de saúde e acompanhamento médico

De acordo com especialistas que cuidam de sua saúde, a condição do ex-presidente se tornou mais preocupante. Em uma consulta realizada na última quarta-feira, Bolsonaro teve dificuldades notáveis para completar frases, reflexo direto da falta de ar. Seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), expressou preocupação com o estado de saúde do pai, alertando que houve uma piora nos últimos dias.

“Estive com ele na quarta-feira, e ele estava com soluço e dificuldades na fala. A frequência dessas crises aumentou desde a prisão domiciliar, levando os médicos a solicitar uma nova bateria de exames clínicos”, afirmou Flávio, destacando a intervenção do corpo médico que cuida de Bolsonaro em resposta ao agravamento dos sintomas.

Visitas e o apoio de familiares

Nos últimos dias, apesar das dificuldades de saúde, Bolsonaro recebeu visitas de diversos aliados políticos, incluindo deputados e empresários, que buscam apoiar o ex-presidente em um momento delicado. O clima parece ter melhorado em relação ao seu humor, embora ele tenha enfrentado oscilações emocionais significativas, incluindo momentos de choro devido à impossibilidade de se comunicar com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e também é alvo de investigações da Polícia Federal.

A situação é complicada, já que Eduardo está proibido de se comunicar com Jair Bolsonaro, e relutou em retornar ao Brasil por medo de ter seu passaporte apreendido, o que intensifica a preocupação em torno da recuperação do ex-presidente.

Interlocução e apoio político

Com a impossibilidade de contato direto, lideranças do partido de Bolsonaro, o PL, têm buscado apoio na ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ela tem atuado como uma importante interlocutora, recebendo continuamente perguntas e oferecendo orientações aos líderes do partido, ao mesmo tempo em que comanda o PL Mulher, buscando manter a organização ativa e próxima de seus interesses.

Além disso, está previsto que na próxima semana, Bolsonaro receba visitas de dirigentes do PL. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a presença do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, do vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ), e do secretário-geral do partido, o senador Rogério Marinho (RN). Essa autorização representa um passo significativo para que a liderança do partido busque consolidar sua estrutura, mesmo em meio aos desafios enfrentados pelo ex-presidente.

As informações sobre estas visitas foram confirmadas pelos próprios dirigentes, que estão se mobilizando para antecipar a decisão de Moraes, buscando garantir um contato e uma troca de ideias com Bolsonaro na semana do dia 25.

A saúde de Jair Bolsonaro continua a ser uma questão monitorada de perto, refletindo não apenas seu estado clínico, mas também o clima político e o futuro da liderança do PL no Brasil. O ex-presidente, figura central de uma das maiores polarizações políticas do país, enfrenta desafios que vão além de sua saúde física, impactando diretamente sua figura pública e sua relação com seus apoiadores.

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