Brasil, 16 de agosto de 2025
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Prefeito de Maceió mantém mandato e desagrada Arthur Lira

João Henrique Caldas, prefeito de Maceió, promete cumprir mandato até 2029 e não se candidatar ao governo de Alagoas nas próximas eleições.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, confirmou que cumprirá seu mandato até o final, em 2029, e não disputará o governo de Alagoas nas eleições do próximo ano. Essa decisão, segundo informações, é uma contrapartida dada por JHC ao governo Lula, garantindo a indicação de sua tia, Maria Marluce Caldas Bezerra, para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entretanto, essa recusa em se candidatar contraria diretamente os planos do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que almejava concorrer ao Senado ao lado de JHC. O afastamento da disputa para o governo permite um espaço mais amplo para a família Calheiros, especialmente para o ex-governador Renan Filho (MDB), que pode retomar o comando do estado que liderou entre 2015 e 2022.

A aprovação da nomeação de Marluce e as repercussões políticas

Na última quarta-feira (13), a indicação de Marluce foi aprovada pelo Senado com 64 votos a favor e nenhum contrário. A atual procuradora do Ministério Público de Alagoas esteve acompanhada por JHC durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça. Sua nomeação representa uma vitória no contexto político local, mas também levanta novas questões sobre o equilíbrio de poder na política alagoana.

Com JHC se comprometendo a não se candidatar, a disputa fica mais aberta para Lira e outros possíveis candidatos. O atual governador, Paulo Dantas (MDB), que resistiu à indicação de Marluce, não pode concorrer à reeleição. O esfriamento da disputa entre os partidos se torna cada vez mais palpável, enquanto a família Calheiros observa a movimentação de seus adversários.

O impacto da decisão de JHC no cenário político local

A decisão do prefeito reflete um jogo estratégico que favorece seus interesses e os de suas lideranças. Os aliados de JHC afirmam que a escolha de permanecer em seu cargo reflete um compromisso assumido com Lula, algo que amplia suas perspectivas políticas futuras. Entretanto, a confiança depositada por JHC não é compartilhada por todos. Arthur Lira, por exemplo, expressou seu descontentamento e deixou claro que não abriria mão da candidatura ao Senado, mesmo diante das novas diretrizes.

Ainda que os membros da coalizão de governo tentem abordar essa situação como uma vitória para o governo federal, a verdade é que os desafios internos são imensos. A nomeação de Marluce, embora vista como um passo positivo, exacerba as tensões entre diferentes facções políticas dentro do estado de Alagoas.

Desafios e expectativas para o futuro

Com uma vaga aberta no STJ desde outubro de 2023, a nomeação de Marluce foi um ponto crucial que exigiu negociação. O governo federal condicionou sua escolha ao compromisso de JHC em não se candidatar ao governo, levantando a questão: será que ele honrará esse acordo? A história de promessas não cumpridas de JHC alimenta a desconfiança entre os aliados de Lira e levanta dúvidas sobre a sua real intenção.

Enquanto isso, a política alagoana se desenrola em sua complexidade. A possibilidade de uma chapa entre Lira e JHC para o Senado já havia sido cogitada, e a decisão de JHC de não se candidatar muda o tabuleiro eleitoral de forma significativa. Renan Filho aparece como um forte candidato ao governar o estado novamente, e a ausência de JHC na corrida pode mudar as dinâmicas eleitorais à medida que os prazos se aproximam.

No contexto das articulações políticas em Alagoas, muitos se perguntam se JHC realmente irá cumprir sua palavra, considerando que sua trajetória política foi marcada por promessas de apoio a diferentes correntes. Assim, a movimentação política se revitaliza numa atmosfera de incerteza e previsões malévolas entre aliados e adversários.

Por ora, o xadrez eleitoral em Alagoas promete movimentações significativas. As próximas semanas serão cruciais para que esse embate entre líderes e partidos se desenrole, com implicações que podem moldar o futuro político local.

Se JHC conseguirá manter sua posição e conquistar a confiança necessária para honrar seus compromissos será um importante tema de discussão entre os próximos pleitos. Como a história política de Alagoas mostrou, o cenário pode mudar rapidamente, e as alianças podem ser desfeitas uma vez que os interesses pessoais e políticos entram em jogo.

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