Brasil, 16 de agosto de 2025
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Lula planeja novas ligações para combater tarifaço de Trump

Presidente Lula busca apoio internacional e negocia no âmbito da OMC para reduzir impactos do tarifaço dos EUA às exportações brasileiras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve intensificar nesta semana as ligações para líderes mundiais a fim de discutir alternativas ao tarifaço de 50% imposto pelo governo dos EUA a produtos brasileiros. Desde 6 de agosto, essa sobretaxa tem afetado duramente as exportações do Brasil, levando o governo a buscar novos mercados e estratégias diplomáticas.

Lula articula contato com líderes do Brasil e do mundo

Segundo integrantes do governo, a primeira ligação deve ser para o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. A África do Sul, parceira do Brasil no Brics, é uma das nações que Lula planeja contatar para fortalecer o apoio ao combate às tarifas americanas. O presidente já conversou com o líder indiano, Narendra Modi, e os presidentes russo Vladimir Putin e chinês Xi Jinping.

Além de Ramaphosa, Lula pretende telefonar para chefes de Estado e primeira-ministros de países como França (Emmanuel Macron), Alemanha (Friedrich Merz), Reino Unido (Keir Starmer), além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Essas ações visam formar uma frente diplomática contra as medidas unilateralistas de Washington, consideradas prejudiciais ao comércio global.

Busca por novos mercados e defesa do sistema multilateral

Desde que Trump anunciou as tarifas, o governo brasileiro vem procurando ampliar suas exportações e buscar alternativas comerciais para mitigar os danos às empresas nacionais. Lula já garantiu uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para socorrer os setores mais atingidos e tenta fortalecer negociações com outros blocos econômicos.

Para o Itamaraty, as medidas impostas por Trump refletem uma postura protecionista que impacta o sistema multilateral de comércio. Luiz Inácio Lula da Silva reforçou essa posição em evento no Palácio do Planalto na semana passada, afirmando que pedirá aos países envolvidos que tomem decisões conjuntas sobre a questão.

Disputa na OMC e esforços de reforma

No âmbito diplomático, o Brasil solicitou formalmente à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma disputa contra as tarifas americanas. A iniciativa, iniciada em 11 de agosto, busca abrir espaço para negociações e pressionar os Estados Unidos a reverem as medidas unilaterais. Caso as consultas não resolvam o impasse em 60 dias, o caso poderá ser levado a um painel decisório da OMC.

Além do conflito na OMC, Lula trabalha para articular uma posição comum entre os países do Brics acerca da reforma do órgão multilateral, um tema considerado prioritário pelos aliados do Brasil. A iniciativa visa fortalecer o sistema multilateral de comércio frente às ações unilaterais de Washington, reforçando o compromisso com o diálogo internacional.

Próximos passos e impacto internacional

O governo brasileiro aguarda a realização de uma reunião virtual do Brics, na qual Lula pretende discutir uma estratégia conjunta para a questão das tarifas. A expectativa é de que essas ações diplomáticas possam gerar pressões diplomáticas e econômicas para a revisão das medidas americanas, promovendo maior estabilidade às exportações brasileiras.

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