As icônicas esculturas de bronze do Chafariz dos Jacarés, localizado no Passeio Público da cidade do Rio de Janeiro, se tornaram alvo de uma tentativa de furto que resultou em uma ação emergencial pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos. O episódio traz à tona preocupações sobre a segurança do patrimônio cultural na cidade.
Contexto do acontecimento
A tentativa de furto foi detectada neste sábado (16/8), levando a secretaria a tomar a decisão de retirar as esculturas do local para protegê-las. Essa ação inclui a remoção das pedras da Fonte do Menino, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O ato representa não apenas um ataque ao patrimônio, mas também um desrespeito com a história e cultura locais.
“A ação desses criminosos mostra um total desrespeito com o nosso patrimônio. Eles tiveram a audácia de mexer em pedras enormes de uma fonte tombada, um bem cultural inestimável para a nossa cidade. A retirada dos jacarés é a única maneira de garantir que essas esculturas não sejam furtadas e de proteger a estrutura original enquanto preparamos a reforma”, declarou o secretário de Conservação, Diego Vaz.
Medidas para proteger o patrimônio
Em nota, a Secretaria de Conservação comunicou que as esculturas de bronze serão encaminhadas para “um local seguro” sob a proteção da Gerência de Monumentos. A expectativa é que, após a conclusão da reforma da fonte, as esculturas possam ser reintroduzidas ao seu lugar original, restauradas e preservadas.
Histórico do Chafariz do Menino
O Chafariz do Menino, uma obra do renomado Mestre Valentim de 1783, é um emblemático monumento carioca. Com água jorrando pela boca de uma criança sentada sobre um barril, o chafariz é adornado por uma cartela que diz: “sou útil inda brincando”. A obra é feita em granito e, nos fundos, esconde dois jacarés esculpidos em bronze, que fazem parte de um conjunto maior e mais complexo de escadarias.
A repercussão na sociedade
Além da preocupação com o patrimônio cultural, a tentativa de furto gerou indignação na população. Moradores e turistas expressaram sua tristeza e revolta nas redes sociais, enfatizando a importância de medidas de segurança mais eficazes para proteger o patrimônio histórico da cidade. “É inconcebível que algo assim aconteça em um lugar tão simbólico”, afirmou uma moradora da região.
Resposta das autoridades e próxima etapa
A Secretaria de Conservação está trabalhando em conjunto com as autoridades policiais para investigar o caso. A Polícia Militar do Rio de Janeiro foi acionada pela reportagem, mas até o fechamento deste artigo não havia enviado um retorno sobre a situação. A esperança é que medidas preventivas sejam adotadas para evitar que outros patrimônios enfrentem situações semelhantes.
Esse episódio serve como um alerta não só para a conservação do Chafariz dos Jacarés, mas também para a proteção de outras obras importantes no Rio de Janeiro, que formam parte inestimável da identidade cultural da cidade.
É essencial que haja um esforço conjunto entre a população, o governo e as instituições para que o patrimônio cultural seja respeitado e protegido, garantindo que futuras gerações possam desfrutar de sua riqueza histórica.
