O ex-presidente Jair Bolsonaro continua enfrentando desafios em sua saúde, conforme revelado em um recente boletim médico. Exames realizados indicam a persistência de esofagite e gastrite, além de “imagem residual” de infecções pulmonares recentes que exigem cuidados contínuos.
Detalhes do boletim médico
O boletim médico destaca que os exames apresentaram evidências de duas infecções pulmonares que provavelmente estão relacionadas a episódios de broncoaspiração. Além disso, a endoscopia revelou a continuidade da esofagite e da gastrite, que, embora menos intensa, ainda requer tratamento medicamentoso regular. O ex-presidente também continua a ser tratado por hipertensão arterial e refluxo gastroesofágico.
Bolsonaro em prisão domiciliar
Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, uma decisão do Ministro Alexandre de Moraes. O magistrado justificou sua decisão com base em reiterados descumprimentos de medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais. Recentemente, o ex-presidente apresentou crises de soluços e episódios de dispneia, o que levantou preocupações sobre sua saúde e levou sua equipe médica a solicitar novos exames.
Relato de familiares e amigos
Familiares e aliados de Bolsonaro, que fizeram visitas recentes ao ex-presidente, relataram que sua condição se agravou. Flávio Bolsonaro, seu filho mais velho, mencionou episódios de dificuldades na fala e maior frequência das crises respiratórias, especialmente após o início da prisão domiciliar. Ele enfatizou que a nova bateria de exames foi requisitada pela equipe médica que o acompanha.
Visitas e apoio dos aliados
Nos últimos dias, Bolsonaro recebeu a visita de aliados políticos, incluindo deputados e figuras importantes do seu partido, o PL. Entre os visitantes estavam Junio Amaral, Luciano Zucco, Marcelo Moraes e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Apesar dos problemas de saúde, relatos indicam uma melhora em seu humor, comparado à semana anterior, quando seu temperamento estava mais oscilante.
Impedimentos e comunicação
A privação de contato com seu filho Eduardo, que se encontra nos Estados Unidos sob investigação da Polícia Federal, tem causado angústia a Bolsonaro. Eduardo está proibido de se comunicar com o pai devido às mesmas investigações que o envolvem, e a situação levou o ex-presidente a momentos de desespero, como chorar ao mencionar a impossibilidade de falar com ele.
Intermediadoras de comunicação
Com a dificuldade em manter comunicações diretas, as lideranças do PL estão buscando o auxílio de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, que tem atuado como interlocutora dentro do partido. Diariamente, ela tem estado na sede do PL, onde comanda o PL Mulher, para responder a perguntas e fornecer orientações aos líderes do partido.
Visitas autorizadas
Na próxima semana, Bolsonaro deve receber dirigentes do PL, incluindo Valdemar Costa Neto, presidente do partido, e Altineu Côrtes, vice-presidente da Câmara. O ministro Alexandre de Moraes liberou essas visitas, o que trará a possibilidade de interações diretas com figuras estratégicas do partido enquanto ele se recupera em casa.
Assim, a situação de saúde do ex-presidente segue sendo acompanhada de perto, com um horizonte de debates e movimentações políticas à vista, mesmo em meio a sua batalha pessoal contra problemas de saúde e restrições jurídicas.