Claus Costa Pusch, um empresário de 39 anos de Bertioga, litoral de São Paulo, faleceu tragicamente dias após retornar de uma viagem de férias ao Chile. Ele apresentou complicações cardíacas graves relacionadas a uma embolia pulmonar, que, segundo especialistas, pode ter se originado de uma trombose venosa profunda (TVP) desenvolvida durante o voo. Este caso ressalta a importância de se atentar aos riscos de saúde associados a viagens aéreas.
A fatalidade repentina
Claus voltou ao Brasil no dia 31 de julho, após desfrutar de momentos de lazer com a família. Embora não tivesse apresentado sintomas significativos durante o voo, como dor ou desconforto, a situação de saúde dele rapidamente se deteriorou após a viagem, culminando em um desmaio durante uma partida de futebol, apenas alguns dias depois. A sua esposa, Yandra Kalçowisk, relatou que ele parecia saudável e ativo, fazendo com que a família não suspeitasse de problemas mais sérios.
Conforme relatos, Claus começou a sentir um desconforto na perna logo após a viagem, mas acreditava se tratar de um problema muscular. “Ele achou que essa dor era muscular, mas não foi uma dor insuportável”, disse Yandra. No entanto, a situação evoluiu para falta de ar e indisposição, levando-o a buscar atendimento médico, onde foi diagnosticado com trombose e posteriormente com a embolia pulmonar.
O impacto da trombose venosa profunda
A trombose venosa profunda é uma condição médica em que um coágulo se forma em uma veia profunda, muitas vezes nas pernas. O cirurgião vascular, Marcello Romiti, que comentou o caso ao g1, afirmou que qualquer pessoa pode desenvolver a TVP durante voos longos, especialmente devido à má circulação. Este alerta é crucial para os viajantes, pois a pressão exercida na cabine e a imobilidade podem criar um ambiente propenso ao surgimento desses coágulos.
“A posição que fica, mais a pressão da cabine e a imobilidade do membro pode fazer aparecer um coágulo”, explicou Romiti. Ele enfatizou que a prevenção é a chave, recomendando o uso de meias elásticas para promover a circulação sanguínea durante vôos prolongados e a consulta prévia com um especialista em vascular.
Um legado de amor e vivacidade
A morte precoce de Claus deixou comoção entre amigos e familiares. Yandra expressou a dor da perda, destacando que seu marido sempre viveu intensamente, priorizando momentos em família e viagens. “Ele falava que a vida era curta e que deveria ser vivida intensamente”, disse a viúva. Eles estavam juntos há mais de 17 anos e, por conta dos desafios enfrentados por Yandra, incluindo a superação de um câncer, o casal intensificou suas viagens pelo mundo.
Claus era conhecido por sua alegria e por fazer amizades em qualquer lugar que visitasse. Segundo Yandra, ele deixou uma legião de amigos e memórias bem vividas. “A vontade que ele tinha de viajar e de conhecer o mundo era impressionante”, afirmou. O legado que ele deixa é o de valorização da vida e da importância de aproveitar os momentos com aqueles que amamos.
Reflexões sobre saúde e viagens
O caso de Claus Pusch não é isolado e serve como um alerta para muitos. As complicações causadas pela TVP e embolia pulmonar podem ser evitadas com algumas precauções simples. Tornar-se cada vez mais consciente dos riscos associados a longos períodos de imobilidade, especialmente em viagens de avião, é fundamental para garantir a segurança de todos. A implementação de medidas preventivas e o acompanhamento regular com profissionais de saúde podem preservar vidas e evitar tragédias.
Enquanto a família de Claus lida com essa perda imensurável, sua história continua a inspirar reflexões sobre a importância da saúde e de se viver cada momento ao máximo. Que esse triste episódio sirva como uma lição para aqueles que embarcam em novas aventuras e, mais importante ainda, que inspire uma jornada de vida rica e cheia de lembranças ao lado de quem amamos.
