Uma pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (16), no site da “Folha de S.Paulo”, revela que 35% dos entrevistados acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o maior responsável pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump. A consulta também aponta outros responsáveis, incluindo ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, além de figuras do Supremo Tribunal Federal (STF).
Maiores responsáveis pelo tarifaço segundo a pesquisa
De acordo com o levantamento, 35% dos brasileiros apontam Lula como principal culpado pela sobretaxa de até 50% aplicada pelos Estados Unidos. Jair Bolsonaro, indicado por 22%, e Eduardo Bolsonaro, com 17%, aparecem na sequência. Além deles, 15% atribuem a responsabilidade ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Outros 7% não souberam responder, enquanto 3% afirmaram que nenhuma das figuras listadas é culpada, e 1% acredita que todos são responsáveis.
A pergunta feita pelo instituto foi: “Na sua opinião, das figuras brasileiras quem é o principal culpado pela taxa de até 50% imposta pelo governo dos EUA?”.
Divisão da responsabilidade conforme o eleitorado
O levantamento indica ainda que a percepção de culpabilidade varia de acordo com o voto na eleição de 2022. Entre os eleitores de Lula, apenas 11% consideram o presidente atual responsável pelo tarifaço. Nesse grupo, 38% culpam Bolsonaro e 35%, Eduardo Bolsonaro. Já entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, 58% indicam Lula como responsável, enquanto 25% apontam Moraes.
Impactos econômicos e político-diplomáticos
Além das responsabilidades atribuídas, a pesquisa revelou que 40% dos entrevistados acreditam que a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro pode agravar ainda mais a situação econômica do Brasil. Outros 28% defendem que Trump não se preocupará com a prisão de Bolsonaro e negociará medidas que tenham menor impacto econômico. Ainda, 20% acham que as ações permanecerão iguais, sem alterar seu efeito, e 12% não souberam opinar.
Contexto e possíveis desdobramentos
O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 12 de agosto, com 2.002 entrevistas em 113 municípios, e uma margem de erro de 2 pontos percentuais. A pesquisa revela que o debate sobre a influência de figuras brasileiras na política internacional está em alta no momento, sobretudo diante de tensões diplomáticas e internas.
Especialistas avaliam que essa percepção pública pode influenciar as estratégias de política externa e o posicionamento do governo brasileiro frente aos Estados Unidos em assuntos bilaterais.
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