Brasil, 16 de agosto de 2025
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Chuvas intensas no Paquistão causam mais de 300 mortes

Mais de trezentas mortes são confirmadas no Paquistão devido a chuvas intensas; especialistas alertam para riscos das mudanças climáticas.

As chuvas torrenciais que atingiram o noroeste do Paquistão deixaram um rastro devastador, com autoridades locais confirmando mais de trezentas mortes e centenas de desaparecidos nas áreas afetadas. Os deslizamentos de terra e inundações, que se intensificaram ao longo de dois dias, levantam um alerta sobre o agravamento dos riscos climáticos, especialmente na região de Khyber Pakhtunkhwa.

O distrito de Buner é o mais afetado

De acordo com informações da Autoridade Provincial de Gestão de Desastres, o distrito de Buner está entre os mais afetados, contabilizando 184 mortes até agora. O fenômeno das chuvas intensas e inundações repentinas é uma das ondas mais letais da estação das monções deste ano. O cenário é alarmante, com diversas pessoas, incluindo mulheres e crianças, presas pelas águas em várias localidades. As operações de resgate estão em andamento, enquanto as autoridades tentam liberar estradas bloqueadas e fornecer assistência aos deslocados. Grande parte da infraestrutura, incluindo plantações e pomares, também sofreu danos significativos.

A gravidade da situação

As fortes chuvas devem persistir até 21 de agosto, numa projeção que se mostra bastante preocupante para as regiões já atingidas. Em Shangla, um desabamento de imóvel fez parte das 34 vítimas confirmadas. Ishaq Dar, vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, enfatizou a urgência nas operações de resgate. No entanto, o clima adverso tem dificultado as tentativas de socorro, refletido por um trágico acidente: um helicóptero de resgate caiu na terça-feira (15), resultando na morte de cinco tripulantes.

As consequências das mudanças climáticas

As chuvas deste ano são atípicas e muito mais volumosas em relação ao que costuma ocorrer, levando especialistas e autoridades a associarem esses eventos extremos às mudanças climáticas. De acordo com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, mais de quinhentas pessoas já perderam a vida em decorrência das inundações desde o final de junho. As cenas de destruição são devastadoras, com toneladas de rochas e água arrastando residências inteiras e até delegacias de polícia. A falta de implementação de medidas efetivas de prevenção e resposta a desastres potencializa os riscos em uma região já vulnerável.

Busca por sobreviventes na Caxemira

A curva de tragédias se estende às regiões vizinhas. Na Caxemira, sob controle da Índia, equipes de resgate estão em busca de sobreviventes em Chositi, onde dezenas de pessoas estão desaparecidas após inundações severas. O impacto das chuvas também afetou uma importante peregrinação hindu, forçando a evacuação de cerca de quatro mil devotos para locais mais seguros. Este padrão extremo de precipitação já não é uma novidade; as monções, atingindo áreas ao redor do Himalaia, têm se tornado cada vez mais comuns, levando países a revisitar suas estratégias de prevenção e socorro.

Em resposta à situação emergencial, os postos médicos foram estabelecidos e refeições prontas têm sido distribuídas para os deslocados. As operações de resgate estão sendo conduzidas por equipes civis e militares em todo o país. Com informações sobre os impactos financeiros ainda por vir, é evidente que o Paquistão precisa de um plano resiliente frente a esta série de eventos climáticos catastróficos.

Este relato ressalta não apenas a urgência da situação atual, mas também a necessidade de um debate contínuo sobre como as mudanças climáticas estão impactando as comunidades vulneráveis em todo o mundo. Se ações não forem tomadas, os graves desastres naturais tendem a continuar a ser uma realidade cada vez mais presente no cotidiano de milhões.

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