Brasil, 17 de agosto de 2025
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Bolsonaro deixa prisão domiciliar para exames médicos em Brasília

Ex-presidente Jair Bolsonaro é autorizado a sair pela primeira vez desde prisão domiciliar para realizar exames clínicos.

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro deixou hoje (16), pela primeira vez, sua residência em um condomínio fechado do Lago Sul, em Brasília, desde que começou a cumprir a prisão domiciliar no dia 4 deste mês. Com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se deslocou até um hospital particular da capital federal para realizar exames clínicos.

Deslocamento para o hospital e exames programados

O ex-presidente chegou ao hospital DF Star às 9h e, até as 11h30, ainda permanecia no local. Ao atender ao pedido dos advogados de Bolsonaro, o ministro Moraes estabeleceu que o ex-presidente deve retornar ao condomínio em no máximo oito horas, além de apresentar, em até 48 horas, um atestado de comparecimento especificando os procedimentos médicos realizados.

Os exames programados incluem coleta de sangue e urina, endoscopia, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ecocardiograma. De acordo com a defesa de Bolsonaro, esses exames são necessários devido ao quadro de refluxo e soluços refratários que ele vem apresentando nos últimos dias.

Acompanhamento médico após o atentado

Desde 2018, quando foi alvo de um atentado, Bolsonaro tem necessitado de acompanhamento médico periódico em razão das consequências das cirurgias a que se submeteu devido à facada que recebeu na região do abdômen, resultando em graves lesões nos intestinos delgado e grosso. Essa condição médica é um fator importante que requer constante monitoramento da saúde do ex-presidente.

Monitoramento durante o deslocamento

Durante o tempo em que estiver fora de casa, Bolsonaro continuará sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica. O ministro Moraes determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-DF) acompanhe todo o deslocamento do ex-presidente. O órgão é responsável pelo monitoramento eletrônico do aparelho, garantindo que todas as determinações legais sejam seguidas.

Contexto da prisão domiciliar

O ministro Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro no último dia 4, considerando que o ex-presidente usou as redes sociais de seus filhos – Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro – para burlar a proibição do uso dessas plataformas, inclusive através de terceiros. As medidas cautelares estão inseridas em um inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro é investigado por sua atuação junto ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF.

Investigações e processos em andamento

Eduardo Bolsonaro, que pertence ao PL-SP, pediu licença do mandato parlamentar e mudou-se para os Estados Unidos, alegando perseguição política. Nesse contexto, o ex-presidente está sendo investigado por supostamente ter enviado recursos, via Pix, para custear a estadia do filho no exterior. Além disso, Bolsonaro é réu em uma ação penal relacionada a uma suposta trama golpista, com o julgamento marcado para setembro.

Embora a reportagem tenha tentado contato com a assessoria do ex-presidente, ainda não houve resposta. A expectativa é de que a saída de Bolsonaro e os exames realizados possam trazer novas informações sobre a sua saúde e as implicações legais que enfrenta.

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