O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (22) os cinco primeiros indicados ao Kennedy Center Honors de 2024, seu novo papel como presidente do centro cultural e moderador do evento. Entre os nomes estão artistas conhecidos, como o cantor country George Strait, o ator Sylvester Stallone, a cantora Gloria Gaynor, a banda de rock Kiss e o ator-sólo Michael Crawford.
Escolhas surpreendentes geram avaliações divididas
Trump afirmou que foi “quase 100% envolvido” na seleção dos homenageados, que, segundo ele, foram escolhidos por serem “grandes pessoas” e por representarem o que há de melhor na arte e cultura americanas. No entanto, a lista gerou controvérsia, especialmente por incluir figuras cujo alinhamento político e impacto cultural são considerados controversos por alguns setores.
O presidente também indicou que o centro passará por uma renovação completa, com melhorias na estrutura física da sede, que, segundo sua visão, voltará a seu “grandioso status”. “Estamos trazendo o Kennedy Center para um novo nível de luxo, glamour e entretenimento”, afirmou Trump em uma publicação nas redes sociais.
Histórico e críticas ao envolvimento de Trump
Desde sua primeira eleição, Trump adotou uma postura crítica ao Kennedy Center, particularmente após artistas críticos a sua gestão, como Cher e Lin-Manuel Miranda, desistirem de participar de eventos ao protestarem contra as políticas do ex-presidente. Durante seu mandato anterior, Trump evitou a cerimônia, mas agora, como chefe do centro, assumiu um papel mais ativo, inclusive nomeando uma nova diretoria fiél a seus interesses.
O centro, fundado em 1978, tradicionalmente realiza uma cerimônia anual de homenagem a artistas de destaque, com participação de presidentes dos EUA e figuras de renome internacional. No entanto, a gestão de Trump tem causado divisão, incluindo a proposta de renomear o espaço de ópera do centro com seu nome e promessas de reformas estruturais.
Reformas e planos de Trump para o Kennedy Center
Trump anunciou que pretende transformar o Kennedy Center em um “joia da cultura americana”, com reformas que envolvem tanto o edifício quanto seu programa artístico. Em uma postagem na rede social “Truth Social”, ele garantiu que o centro, que atualmente enfrenta problemas estruturais de manutenção, em breve estará “de volta ao seu auge”.
A relação do ex-presidente com o Kennedy Center tem sido marcada por tensões, incluindo projetos de mudança de nome e alterações na linha de programação, além da intenção de inserir sua influência em decisões artísticas. Segundo fontes, o centro está sob forte controle do novo conselho nomeado por Trump, que promete reforçar uma agenda mais alinhada aos seus valores políticos.
Repercussões e futuras ações
Analistas e figuras culturais salientam que as nomeações polêmicas de Trump podem impactar a credibilidade e o prestígio do Kennedy Center, especialmente diante de críticas por parte de artistas e setores progressistas. Ainda não há confirmação se a cerimônia de 2024 seguirá o formato tradicional, ou se sofrerá alterações mais profundas na sua estrutura e no seu foco artístico.
O centro informou que o evento de homenagem acontecerá normalmente neste ano, e que as reformas estruturais estão em andamento, com previsão de continuidade até o próximo ciclo cultural do país. A polémica envolvendo a influência política na seleção dos homenageados reforça debates sobre o papel do Kennedy Center na cultura americana e sua neutralidade.