Brasil, 15 de agosto de 2025
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Rali no mercado de ações dos EUA surpreende apesar das tarifas altas

Apesar das tarifas mais altas desde a década de 1930, o mercado de ações dos EUA continua a atingir novos recordes, impulsionado por tecnologia e perspectivas positivas

O mercado de ações dos EUA mantém uma tendência de alta, mesmo com as tarifas de importação mais elevadas desde a década de 1930, que têm afetado cadeias de suprimento e alimentado preocupações com a inflação. O índice S&P 500 chegou a novas máximas, recuperando-se da queda de abril e apresentando um avanço de quase 10% no ano, impulsionado principalmente pelas gigantes de tecnologia.

Resiliência do mercado apesar das tarifas agressivas

Embora a Taxa efetiva de tarifas nos EUA continue a ser a mais elevada desde os anos 1930, os investidores permanecem confiantes. Segundo Stuart Kaiser, estrategista do Citigroup, “há argumentos para dizer que já passamos pelo pior disso”. Os resultados do segundo trimestre também reforçam essa percepção, com mais de 40% das empresas do índice revisando suas previsões de lucros para cima, indicando maior clareza no ambiente econômico.

Impacto na economia e nos setores

Apesar de sinais de desaceleração, como a forte queda na venda de papel ondulado nos EUA — considerado um indicador de esfriamento econômico —, as gigantes de tecnologia continuam a liderar o mercado. A contribuição dessas empresas, aliada à estagnação de setores mais sensíveis às tarifas, favorece o desempenho geral do índice.

“As grandes empresas têm conseguido administrar bem os efeitos das tarifas, especialmente as de tecnologia, que também se beneficiam do crescimento na inteligência artificial”, explica Nelson Yu, chefe de ações na Alliance Bernstein. Ainda assim, setores mais vulneráveis, como o de energia, enfrentam desafios adicionais. Dados de varejo, indústria e investimentos demonstram uma desaceleração, refletindo oscilações econômicas influenciadas pela política tarifária e geopolítica.

Perspectivas para o restante do ano

Analistas do mercado, como os do Citi, elevaram recentemente suas previsões de fechamento para o S&P 500 para entre 6.300 e 6.600 pontos. Apesar do otimismo, há uma cautela geral devido às incertezas ainda presentes, como o impacto da política de tarifas na economia global e a possibilidade de aumento na inflação. O índice atingiu 6.469 na última quinta-feira, mas a expectativa é de desaceleração no ritmo de altas na segunda metade de 2025.

O sentimento de confiança também é evidenciado pelo aumento nas projeções de lucros das empresas, com mais de 40% ajustando suas estimativas positivamente, após meses de hesitação. Segundo Kaiser, “as empresas estão mais confiantes porque têm maior clareza sobre o cenário atual”.

Impacto internacional e as expectativas para o futuro

As tarifas também têm afetado a economia da China, com dados decepcionantes de varejo, indústria e investimentos. Nos EUA, a inflação no atacado atingiu seu maior nível em três anos, refletindo o impacto das tarifas. Ainda assim, a recuperação do mercado, especialmente do Russell 2000, composto por empresas menores, demonstra que o sentimento de otimização começou a se consolidar.

Por outro lado, o aumento na incerteza levou muitos fundos e investidores institucionais a manter uma postura mais neutra, embora com uma visão otimista em relação ao longo prazo. De acordo com Parag Thatte, estrategista do Deutsche Bank, “apesar da cautela, o sentimento está mais positivo do que alguns meses atrás”.

Com isso, o mercado de ações dos EUA mostra sinais de que a fase mais complicada pode estar dando lugar a uma recuperação sustentada, embora as preocupações persistam, especialmente em relação a possíveis novos aumentos de tarifas ou a uma desaceleração global mais forte.

Para mais detalhes, veja a análise completa em Fonte original.

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