Brasil, 16 de agosto de 2025
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Previsões de novos ataques contra o STF e as sanções de Trump

Aliados de Bolsonaro monitoram possíveis sanções americanas contra ministros do STF, previstas para setembro de 2023.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão atentos às articulações de sanções que podem ser aplicadas pelo governo dos Estados Unidos após a ameaça de restrições contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com bolsonaristas que monitoram as discussões em Washington, uma nova leva de sanções da Lei Magnitsky será descongelada em setembro, dependendo de como o Congresso Nacional conduzir as discussões sobre a anistia aos presos do 8 de janeiro.

Estratégias e articulações nos bastidores

A articulação dessas medidas está sendo conduzida pelo deputado Eduardo Bolsonaro e pelo ex-apresentador Paulo Figueiredo, ambos defensores da necessidade de uma ação cautelosa diante da ofensiva americana. A estratégia deles é que a “base política” digira a situação antes da implementação de novas sanções. Eduardo Bolsonaro entregou recentemente à Casa Branca um dossiê documentando os impactos políticos das sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, um dos principais alvos da oposição bolsonarista.

O cenário também leva em consideração o cronograma do julgamento de Bolsonaro e seus aliados pela tentativa de golpe contra a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Espera-se que o julgamento se conclua em agosto. Existe uma preocupação de que a decisão do STF possa influenciar futuras sanções, antes mesmo de qualquer possível condenação do ex-presidente.

Pressões no Congresso e no Judiciário

No Congresso, aliados de Eduardo e Figueiredo têm pressionado por um aumento no debate sobre a anistia (o que poderia beneficiar Bolsonaro), enquanto também tentam abrir um processo de impeachment contra Moraes. A situação é particularmente dinâmica, e a mudança de posicionamento de figuras como o presidente da Câmara, Arthur Lira, que se mostrou cético em relação a uma “anistia ampla”, acrescenta complexidade às negociações. Lira mencionou que não vê possibilidades de um consenso no atual clima político, especialmente em relação a ações mais severas contra perigosos envolvidos no planejamento de ataques a figuras públicas.

Enquanto isso, no Senado, o presidente Davi Alcolumbre já rejeitou colocar em pauta pedidos de impeachment contra ministros do STF, exacerbando a opinião de que mudanças significativas são improváveis neste cenário. A falta de apoio dentro das duas casas legislativas sugere um terreno difícil para a manobra de bolsonaristas em busca de apoio para suas iniciativas.

O papel da lei Magnitsky

A Lei Magnitsky, que permite ao governo dos EUA sancionar autoridades estrangeiras que violam direitos humanos, é vista por vários políticos como uma bomba-relógio. As sanções podem prejudicar não apenas a imagem dos alvos, mas restringir seu acesso a recursos financeiros de forma quase que letal. O impacto de tais sanções é frequentemente comparado a uma “pena de morte financeira”, e alguns bolsonaristas já estão concentrando suas cartas para lidar com o potencial afastamento político que vem pela frente.

Uma das propostas em discussão é também a inclusão de Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, na lista de alvos, o que poderia complicar ainda mais a situação do ministro. Isso reforça a ideia de que a estratégia americana está se aprofundando e abrangendo mais do que apenas o próprio Moraes.

Expectativas e desdobramentos futuros

Em resumo, o clima em Brasília sugere que a tensão crescerá nas próximas semanas. Muitos acreditam que, caso a situação permaneça estável (ou seja, sem grandes mudanças na postura dos ministros ou no legislativo), novas retaliações poderão ser iminentes e englobar uma gama ainda maior de figuras importantes tanto no STF quanto no Congresso. As sanções planejadas têm potencial para incluir não apenas ministros da Suprema Corte, mas também figuras influentes dentro do Judiciário e do Legislativo, se forem percebidas como uma ameaça à agenda bolsonarista.

Embora esse cenário de retaliações possa estar no horizonte, as interações e discussões entre as várias partes envolvidas criarão um cenário imprevisível que exigirá dos líderes políticos um manejo hábil e cauteloso. As consequências das dinâmicas atuais poderão moldar não apenas o futuro de Bolsonaro, mas também do próprio Brasil em um contexto geopolítico cada vez mais volátil.

Ao que tudo indica, o desenrolar dessa situação exigirá uma análise constante por parte dos interessados em preservar seus espaços de poder tanto interna quanto externamente, enquanto o tempo se esgota para abordar as questões e os desafios que se apresentam.

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