O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, está sob o fogo das redes sociais após compartilhar um vídeo com afirmações misoginistas e apoiadas por líderes de igrejas cristãs nacionais radicais. A postagem gerou forte repercussão e pedidos pelo seu afastamento, enquanto especialistas e políticos condenaram o conteúdo prejudicial.
Repercussão pelo compartilhamento de discurso extremista
O vídeo em questão mostra pastores de uma igreja de Idaho defendendo a submissão das mulheres aos seus maridos e propondo a volta de leis contra a sodomia. Outros líderes religiosos presentes no segmento, como Toby Sumpter e Jared Longshore, também fizeram declarações sexistas e racistas, incluindo comentários sobre escravidão e direitos das mulheres.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, repostou a mensagem com a legenda: “All of Christ for All of Life”, sem fazer qualquer crítica ou questionamento às falas extremistas do conteúdo. A postura gerou indignação, especialmente entre defensores de direitos civis e organizações feministas.
Reações na internet e contexto político
Usuários e políticos têm criticado duramente a atitude de Hegseth. Hillary Clinton afirmou que “a própria possibilidade de o líder militar dos Estados Unidos compartilhar conteúdo que nega o direito ao voto das mulheres é assustadora e pode abrir um precedente perigoso”.
Especialistas destacam que, diante da mudança na composição social e do avanço dos direitos civis, gestos como esse representam um retrocesso. “Este é um alerta claro de como discursos extremistas têm ganhado espaço e precisam ser combatidos”, afirmou a advogada Carla Mendes, especialista em direitos humanos.
Consequências e próximos passos
O episódio alimenta o debate sobre os limites da liberdade de expressão de figuras públicas, especialmente de indivíduos vinculados à alta hierarquia militar. Ainda não há confirmação de qualquer punição formal ao secretário, mas a pressão por uma postura responsável aumenta.
Para analistas, o episódio reforça a necessidade de maior fiscalização e condenação de discursos discriminatórios no âmbito público e institucional. Uma mobilização da sociedade civil e de órgãos de defesa dos direitos humanos é esperada para evitar que episódios similares se repitam.