Brasil, 16 de agosto de 2025
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PDT indica senadora Leila Barros para CPMI que investiga INSS

A bancada do PDT no Senado reverte decisão e nomeia Leila Barros para investigar desvios no INSS, em meio a escândalo de aposentadorias.

A bancada do PDT no Senado Federal voltou atrás e decidiu indicar a senadora Leila Barros (PDT-DF) para participar da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar os desvios ilegais em aposentadorias do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Mais cedo, o partido havia desistido de compor o colegiado, o que levou um senador do PSB a ocupar a vaga, conforme noticiado pelo Metrópoles.

O PDT se vê no centro de um escândalo relacionado aos descontos indevidos realizados por entidades sindicais. Este esquema foi revelado pelo Metrópoles e inclui o período em que o Ministério da Previdência era comandado pelo presidente do partido, Carlos Lupi, que continua à frente da sigla. A bancada será fundamental na condução das investigações que prometem trazer à tona questões delicadas sobre a gestão anterior.

Contexto do escândalo no INSS

Nomes próximos a Carlos Lupi ocupavam cargos de alto escalão no INSS e foram alvos de uma operação da Polícia Federal, deflagrada no final de abril. Entre os demitidos estava o então presidente do órgão, Alessandro Steffanuto, afastado e posteriormente exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a crescente pressão sobre a pasta, Lupi deixou o governo em 2 de maio, mas o Ministério da Previdência permaneceu sob domínio do PDT. O secretário-executivo, Wolney Queiroz, assumiu o cargo de ministro e é responsável pela gestão dos ressarcimentos prometidos por Lula aos aposentados.

Valores e investigações alarmantes

As investigações apontam que ao menos R$ 6,3 bilhões foram indevidamente retirados de aposentadorias e pensões. O principal operador do esquema, um lobista conhecido como Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, teve acesso ao gabinete do líder da bancada, o senador Weverton (MA), em várias ocasiões. Essas visitas foram colocadas sob sigilo pelo Senado.

Na Câmara dos Deputados, o deputado Mario Heringer (MG), líder do PDT, já está escalado como membro titular da CPMI. Após a saída de Lupi, houve uma fissura entre as bancadas do PDT; enquanto os senadores mantiveram seu alinhamento ao governo Lula, os deputados decidiram se desvincular da base governista.

CPMI inicia seus trabalhos na próxima semana

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), comprometeu-se a instalar a CPMI “impreterivelmente” na próxima semana. O colegiado será liderado pelo senador e líder do PSD, Omar Aziz (AM). A CPMI contará com 16 membros de cada casa legislativa e terá até 180 dias para concluir seus trabalhos.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já indicou Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para ser o relator da comissão. As expectativas são altas, e a CPMI pode se tornar um novo e significativo desafio para a administração Lula, principalmente porque a investigação foi impulsionada por integrantes da oposição alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Diante da pressão, governistas começaram a considerar a CPMI inevitável e decidiram participar ativamente de sua instalação, oficializada em 17 de junho durante a sessão conjunta do Congresso Nacional.

Para mais informações, acesse o link da notícia original.

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