O Papa Leo XIV presidiu nesta quinta-feira (15) a missa da Assunção da Virgem Maria na Igreja de Saint Thomas de Villanova em Castel Gandolfo, incentivando os fiéis católicos a renovarem a oração do Magnificat em suas vidas diárias. A celebração contou com a presença de cerca de 200 pessoas, incluindo o prefeito de Castel Gandolfo, Alberto de Angelis, em uma homenagem ao dogma da Igreja que afirma que Maria foi conduzida ao céu, corpo e alma.
A importância do Magnificat na fé católica
Na homilia, o Papa descreveu o encontro de Maria com sua prima Isabel como um momento de “coroamento” de sua passagem terrena. “O Magnificat, que o Evangelho coloca na boca da jovem Maria, agora irradia a luz de todos os seus dias”, afirmou Leo XIV. “Um único dia contém a semente de todos os outros, de todas as estações.”
Destacando a relevância contínua de Maria na vida da Igreja, o pontífice afirmou que o seu canto de louvor, registrado no Evangelho de Lucas, “continua a ser cantado na Igreja de geração em geração”, especialmente na Liturgia das Horas. Ele encorajou os fiéis a refletirem sobre a mensagem do Magnificat como um chamado a dar o próprio “sim” a Deus, perante momentos decisivos de sua vocação.
Testemunho de esperança e fruitificação da fé
O Papa destacou o exemplo de Isabel, cuja fertilidade confirmou Maria na confiança, antecipando a fertilidade do seu próprio “sim”, que se estende à Igreja e a toda humanidade quando acolhem a Palavra de Deus. “A esperança dos humildes, dos famintos e dos fiéis servos de Deus é fortalecida pelo Magnificat”, afirmou Leo XIV. “Ela também é renovada na Igreja através do testemunho de seus membros.”
Para o Papa, mesmo nos dias atuais, comunidades cristãs pobres e perseguidas, testemunhas de ternura, perdão, paz e reconciliação, representam o fruto mais duradouro da Igreja. “São os primeiros frutos do Reino que há de vir”, completou. “Deixemos-nos converter pelo testemunho deles.”
Palavras do Papa na Praça da Liberdade e convite ao caminho da esperança
Após a oração do Angelus no meio-dia com a multidão reunida na Praça da Liberdade, Leo XIV falou sobre a importância de acreditar, assim como Maria, que Deus continua a acudir às pessoas no mundo. “Maria, conduzida ao céu pelo Cristo ressuscitado, brilha como um ícone de esperança para seus filhos peregrinos ao longo da história”, declarou.
Ao convocar os fiéis a serem peregrinos da esperança no Ano Jubilar de 2025, o Papa ressaltou: “Nossa meta na vida é Deus, amor infinito e eterno, plenitude de vida, paz, alegria e toda bondade. O coração humano busca por essa beleza, e só se realiza ao encontrá-la.”
Ele lembrou ainda que o dogma da Assunção foi declarado por Pio XII em 1950, cinco anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, como uma oração de esperança por paz. “Ainda hoje, sentimos impotência diante da violência no mundo — uma violência cada vez mais insensível à humanidade. Mas não podemos deixar de ter esperança: Deus é maior que o pecado dos seres humanos”, afirmou Leo XIV.
