Michelle Bolsonaro nega churrasco durante visita ao marido

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) desmentiu publicamente o deputado federal Zucco (PL) após este mencionar, em suas redes sociais, um suposto “churrasco” para o ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu período de prisão domiciliar. As declarações do parlamentar geraram alvoroço e a ex-primeira-dama não hesitou em rebater as afirmações, pedindo que futuros visitantes tratassem a situação com respeito e cuidado.

A visita de Zucco a Bolsonaro

A visita do deputado Zucco a Jair Bolsonaro ocorreu na última quinta-feira, com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Antes de chegar à residência do ex-presidente, Zucco fez uma postagem em uma rede social, segurando duas peças de carne e carvão, alegando que levaria esses itens para um encontro com o aliados.

Contudo, após a visita, Michelle Bolsonaro fez questão de esclarecer, via Instagram, que o churrasco “não ocorreu”. Ela destacou que a visita de Zucco não teve sua anuência, sendo restrita e voltada unicamente para fins humanitários. “O evento não ocorreu”, enfatizou, referindo-se ao que o parlamentar havia declarado em vídeo.

Repercussão nas redes sociais

No mesmo post, ela agradeceu o “carinho” de muitos que estão preocupados com o estado de saúde do ex-presidente e pediu que as visitas ao marido fossem feitas de maneira respeitosa. “Solicito a colaboração dos próximos visitantes autorizados para que compreendam e respeitem a sensibilidade do momento, abstendo-se de atitudes que possam deturpar a finalidade da visita ou prejudicar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Michelle.

A situação de Jair Bolsonaro

Já após sair da casa do ex-presidente, Zucco descreveu a condição de Bolsonaro como “revoltante”, observando que o ex-presidente estava usando uma tornozeleira eletrônica e apresentava saúde debilitada. Ele criticou a situação de o ex-presidente estar em prisão domiciliar sem ter sido condenado e comentou sobre a política atual, mencionando ações no Congresso e os “abusos” de Alexandre de Moraes.

Jair Bolsonaro teve sua prisão domiciliar determinada por Moraes no último dia 4 de agosto, após o ex-presidente ter violado repetidamente medidas cautelares impostas a ele durante uma investigação sobre sua suposta atuação com o filho Eduardo Bolsonaro, visando submeter o funcionamento do STF à influência de um Estado estrangeiro, no caso, os Estados Unidos.

Próximos passos no processo

O STF justificou essa medida com base na participação de Bolsonaro, que se deu por meio de telefonemas durante uma manifestação que ocorreu em Copacabana. O ex-presidente está programado para ser julgado em breve sob acusações de tramar um golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022. Sua defesa entregou as alegações finais recentemente, no cenário de uma trama que tomou dimensões políticas e sociais importantes no Brasil.

Assim, o desenrolar dos eventos em torno do ex-presidente e suas visitas ao longo da prisão domiciliar permanece um tópico sensível e uma grande preocupação para seus apoiadores, além de um fator crucial para a atividade política no Brasil, o que pode moldar as próximas avaliações e decisões na política nacional.