Brasil, 16 de agosto de 2025
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Lula prepara discurso na ONU com foco na soberania brasileira

Presidente deve destacar a defesa da soberania do Brasil no discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve reforçar a importância da soberania brasileira no seu discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, previsto para o próximo mês em Nova York. Tradicionalmente, o Brasil tem o primeiro direito de falar na sessão, seguido pelos Estados Unidos.

Preparativos e análises sobre o conteúdo do discurso

De acordo com auxiliares de Lula, ainda não há definição detalhada do conteúdo do pronunciamento, que será elaborado em meio às tensões crescentes com os EUA. O aumento das críticas e sanções ao Brasil, incluindo ataques a autoridades brasileiras, tem feito o governo esperar antes de fechar o roteiro do discurso.

Pressões dos EUA e a situação de Bolsonaro

O governo dos Estados Unidos vem pressionando o Brasil para que o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado, seja arquivado. Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2 de setembro.

Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não pretende relacionar a questão do ex-presidente com negociações comerciais, especialmente a sobretaxa de 50% aplicada às exportações brasileiras neste mês. Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, aliado de Bolsonaro, mantém posições firmes, fechando canais de diálogo com o Brasil.

Temas prioritários na agenda internacional e esforços diplomáticos

Além da defesa da soberania brasileira, Lula deve abordar temas como a conferência climática COP30, que acontecerá em Belém, novas demandas relacionadas à crise na Faixa de Gaza, a guerra entre Rússia e Ucrânia, e o reforço do multilateralismo. O presidente brasileiro vem dialogando com líderes de várias nações, incluindo Xi Jinping, Vladimir Putin e Narendra Modi, além de planejar contato com o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa e líderes europeus.

Reformas na Organização Mundial do Comércio

Segundo interlocutores do governo, Lula tem reforçado a necessidade de relançar a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), que hoje encontra-se desacreditada. O Brasil também recorreu à OMC na semana passada contra o tarifaço de Trump, alegando que as ações violam normas internacionais de comércio. Apesar das disputas, Lula mantém a posição de defender o multilateralismo como estratégia para equilibrar interesses globais.

Perspectivas e próximos passos

O discurso de Lula na ONU deve destacar a importância de uma postura soberana do Brasil diante das pressões externas, além de fortalecer a posição do país na arena internacional. A expectativa é de que a fala ajude a reforçar o protagonismo brasileiro no cenário global, em um momento de forte disputa diplomática e comercial.

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