Brasil, 15 de agosto de 2025
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Lula elogia China e defende relações comerciais equilibradas na inauguração da GWM

Presidente destacou a importância da China como maior parceiro comercial do Brasil e pediu mais investimentos chineses no país

Durante a inauguração de uma fábrica chinesa de veículos elétricos e híbridos em Iracemápolis (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a parceria com a China, maior aliado comercial do Brasil. Lula também criticou a atuação dos Estados Unidos e clamou por um comércio global mais justo e multilateraisão.

Lula destaca a parceria com a China e critica o discurso dos EUA

O presidente afirmou que o Brasil valoriza a relação econômica com a China, que atualmente é responsável por US$ 160 bilhões em comércio bilateral, contra US$ 80 bilhões com os Estados Unidos. “A China é o nosso principal parceiro comercial. A gente vai tentar brigar para que o comércio mundial seja equilibrado. A gente quer que volte o multilateralismo”, declarou Lula.

Na ocasião, ele elogiou o investimento chinês de R$ 4 bilhões até 2026, incluindo a nova fábrica, e anunciou uma previsão de mais R$ 6 bilhões até 2032. Lula criticou a política de Trump e destacou a “turbulência desnecessária” que o Brasil vive devido às ações do ex-presidente americano, além de reafirmar o compromisso de fortalecer o comércio com a China.

Compromisso com a sustentabilidade e o crescimento industrial

“Não dá para a gente aceitar a criação de uma imagem mentirosa contra um país como o Brasil, que não tem contencioso no mundo”, reforçou Lula, ao defender uma relação comercial baseada na justiça. O presidente destacou que o Brasil tem sido um aliado da China por um mundo mais justo e sustentável, reforçando a importância de ampliar investimentos chineses no país.

Ele também fez um apelo às empresas chinesas, solicitando que desembarquem mais no Brasil para gerar empregos e estimular a indústria local. “Quando deixei a presidência em 2010, havia comércio de 3,6 milhões de carros. Hoje, esse número caiu para 1,6 milhão. Por isso, estamos recuperando a indústria com política de créditos”, afirmou Lula.

Fábrica chinesa e perspectivas regionais

O representante da GWM, Mu Feng, avaliou a fábrica como uma oportunidade de fortalecer a presença da empresa na América Latina, além de afirmar que o Brasil possui uma sólida base industrial e potencial regional para investimentos. “O compromisso do governo e dos consumidores brasileiros com inovação, qualidade e sustentabilidade está alinhado aos nossos valores”, garantiu o executivo.

Mu Feng também destacou que os direitos trabalhistas e a responsabilidade corporativa são princípios essenciais da empresa, que atua em 170 países. Lula reforçou o convite para que a China fortaleça sua presença no Brasil, tornando o país uma base de vendas na América Latina.

Impactos econômicos e geração de empregos

O vice-presidente Geraldo Alckmin lembrou que o Brasil possui a oitava maior indústria automotiva do mundo e anunciou a chegada de sete novas montadoras ao país. Ele ressaltou que a fábrica da GWM gerará inicialmente 700 empregos diretos, podendo chegar a 1.300 até o começo de 2025, além de mais 10 mil empregos indiretos.

Alckmin destacou ainda o crescimento do setor automotivo no Brasil, que cresceu 9,3% em 2024, enquanto a média mundial foi de 2%, além de uma elevação de 14,1% nas vendas de veículos.

Ponto de partida para o futuro

Mu Feng afirmou que a nova fábrica não representa apenas um compromisso com o mercado brasileiro, mas também um marco para futuras parcerias com países latinos, reforçando a visão de que o Brasil é uma plataforma estratégica de produção e vendas.

“Acreditamos que o compromisso do governo e dos consumidores brasileiros com inovação, qualidade e sustentabilidade está totalmente alinhado com nossos valores”, concluiu o executivo, reforçando o papel do Brasil como base de expansão na região.

Fonte: Agência Brasil

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