Brasil, 16 de agosto de 2025
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Leis denunciadas como “distópicas” no Texas obrigam oração e cartazes com os Dez Mandamentos nas aulas

Regras implementadas no Texas incluem tempo de oração obrigatório e exibição dos Dez Mandamentos em salas de aula, gerando forte reação pública

Após a aprovação de várias leis pelo governo do Texas, escolas públicas da região passaram a adotar medidas polêmicas, como o tempo de oração obrigatório e a exposição dos Dez Mandamentos em todos os ambientes escolares. Essas regulações, que vêm causando debates intensos, estão na mira de críticas por seu caráter considerado “anticonstitucional” e de possível violação à separação entre Igreja e Estado.

O que são as novas leis e suas implicações na rotina escolar

Segundo o Senado do Texas, o projeto de lei SB 11 exige que as escolas destinem momentos específicos para leitura bíblica e oração durante o dia escolar. Além disso, a Lei do Senado SB 10 determina que a rendelhe de toda sala de aula deve exibir um cartaz com 16″ x 20″ contendo os Dez Mandamentos.

Essas mudanças estão gerando reações variadas na sociedade. Uma das críticas mais frequentes refere-se à afronta à Constituição dos Estados Unidos, que exige a separação entre Igreja e Estado.

Reações e controvérsia nas redes sociais

Reações negativas

Muitos usuários das redes sociais manifestaram preocupação e indignação com as medidas. Um deles afirmou: “I’m genuinely astounded by how Texas managed to get away with such blatant violations of the separation of church and state.” (Estou genuinamente impressionado com a forma como o Texas conseguiu passar por cima de violações flagrantes à separação entre Igreja e Estado). Outros disseram que as ações representam um retrocesso acelerado, como destacaram na plataforma X (antigo Twitter).

Outra opinião lamenta o impacto na rotina escolar, dizendo: “Thank goodness I graduated when I did because this all sounds so miserable. I feel bad for the kids” (Graças a Deus que eu me formei quando pude, porque tudo isso soa horrível. Sinto pena das crianças).

Críticas à coerção religiosa

Alguns comentários enfatizam o aspecto de coerção religiosa, como: “There’s nothing inherently wrong with being Christian but forcing every classroom to display the Ten Commandments is so dystopian” (Não há nada inerentemente errado em ser cristão, mas forçar todas as salas a exibir os Dez Mandamentos é uma atitude tão distópica). Outro cita o risco de uma abordagem fundamentalista que se assemelha a um culto.

Implicações para a segurança e direitos das crianças

Há quem destaque o risco relacionado à segurança: “When students show up with guns, prayer and posters won’t help if they can’t call 911” (Quando os estudantes entrarem armados, oração e cartazes não ajudarão se eles não puderem ligar para o 911). A crítica aponta para a aparente dissonância entre a religiosidade obrigatória e a possibilidade de uma situação de emergência.

Perspectivas futuras e debate público

Especialistas e educadores discutem as consequências dessas leis, que podem afetar a inclusão de alunos de diversas religiões ou sem religião. Grupos de direitos civis argumentam que tais medidas violam os princípios constitucionais americanos e representam um avanço na direção oposta aos valores de pluralidade.

O governo do Texas ainda não divulgou detalhes sobre a implementação dessas regulamentações, mas o debate está aquecido nas redes sociais e entre entidades civis. A questão permanece em evidência enquanto observadores analisam os possíveis efeitos na educação e na sociedade americana.

Para mais informações, leia a reportagem completa em WFAA.

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