Brasil, 15 de agosto de 2025
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Ituá e Santander revisam projeções macroeconômicas diante de altas tarifas

Os bancos Itaú e Santander ajustaram suas projeções econômicas em meio ao impacto das tarifas impostas pelo governo Trump, mantendo cautela.

Os bancos Itaú e Santander revisaram nesta sexta-feira suas previsões macroeconômicas diante do impacto da economia com as altas tarifas impostas pelo governo Trump. As atualizações refletem um cenário de incertezas fiscais, deterioração das contas externas e expectativas de crescimento moderado.

Projeções para o dólar sob nova perspectiva

O Itaú revisou sua previsão para o dólar, estimando R$ 5,50 em 2025 e 2026, ante R$ 5,65 anteriormente. Segundo relatório, as incertezas fiscais e a piora nas contas externas limitam cenários mais otimistas para a moeda. Já o Santander manteve suas projeções em R$ 5,70 para este ano e R$ 6,00 em 2026.

Perspectivas para o crescimento do PIB

Os dois bancos mantiveram suas projeções de crescimento para 2025. O Itaú prevê avanço de 2,2% para este ano, com um viés ligeiramente negativo, enquanto o Santander projeta crescimento de 2% em 2025 e 1,5% em 2026. Para o segundo semestre, espera-se uma desaceleração no segundo trimestre (0,1%) e uma retomada no terceiro (0,4% t/t), impulsionada por estímulos fiscais.

Impactos do mercado de trabalho e estímulos fiscais

O Santander destacou que o mercado de trabalho permanece como o principal motor de crescimento, embora a política monetária mais restritiva e fatores externos possam pesar sobre a economia em 2026. A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 deve estimular o consumo no próximo ano.

Inflação sob nova perspectiva

O Itaú revisou sua projeção de inflação (IPCA) para 2025, de 5,2% para 5,1%, reflexo do câmbio mais apreciado. Para 2026, a previsão permanece em 4,4%. O Santander reduziu sua estimativa em 2025, passando de 5,1% para 4,9%, mantendo 4,5% para 2026.

Fatores que influenciam a inflação

Segundo o Santander, a desinflação é sustentada por preços menores de commodities em reais, câmbio mais forte e condições climáticas favoráveis. Contudo, aponta que a inflação de serviços ainda é persistente, e a desaceleração adicional dependeria de quedas mais acentuadas nas commodities, desaceleração da atividade econômica ou surpresas baixistas na inflação.

Perspectivas para os juros

O Itaú projeta um corte na taxa de juros somente no primeiro trimestre de 2026, alertando que riscos podem postergar a decisão, salvo choques desinflacionários relevantes. O Santander também estima um corte ainda em 2026, potencialmente em março, diferindo da reunião de janeiro.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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