Brasil, 15 de agosto de 2025
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Indústria química apoia o Plano Brasil Soberano e pede mais negociações

Abiquim avalia positivamente o pacote do governo, mas alerta para a necessidade de ampliar mercados e avançar em negociações

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgou nota nesta sexta-feira (15) apoiando o Plano Brasil Soberano, divulgado na última quinta-feira pelo governo federal. A iniciativa inclui R$ 30 bilhões em crédito para setores afetados por tarifas e vai além do apoio financeiro, ao propor ajustes tributários, prorrogação de prazos e medidas de proteção ao emprego, conforme informou a entidade.

Impacto das tarifas sobre o setor químico

No início deste mês, os Estados Unidos aplicaram uma tarifa adicional de 40% aos produtos brasileiros exportados ao país, elevando o percentual total para 50%, após uma tarifa de 10% adotada em abril. A indústria química brasileira, que exporta cerca de US$ 2,5 bilhões anuais para os EUA, enfrenta desafios significativos devido a essas medidas comerciais.

Posição da Abiquim sobre o pacote do governo

Segundo a entidade, o Plano Brasil Soberano foi elaborado para atender demandas antigas do setor químico e de seus principais clientes, que transformam insumos em produtos de maior valor agregado, como plásticos, calçados, alimentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal. “Ele dialoga com demandas históricas do setor químico e de seus principais clientes”, afirmou a Abiquim.

A entidade destacou que, entre os mais de 700 produtos inicialmente incluídos na tarifa americana, cinco itens foram excluídos, representando aproximadamente US$ 1 bilhão em exportações preservadas. Além disso, há possibilidade de outros produtos serem excluídos, o que pode resultar em mais US$ 500 milhões de vendas mantendo os negócios brasileiros.

Necessidade de negociações e busca por novos mercados

Contudo, a Abiquim ressaltou que a ampliação da lista de produtos excluídos depende de negociações rápidas entre Brasil e Estados Unidos. “A ampliação dessa lista depende de avanços rápidos nas negociações diretas entre os governos brasileiro e americano”, afirmou a entidade.

Em caso de manutenção das tarifas, a indústria química aponta que será preciso explorar novos mercados para minimizar as perdas. “O setor, que emprega mão de obra altamente qualificada, tende a registrar impactos sobre o emprego de forma mais lenta, mas o cenário exige monitoramento constante. A dimensão inédita do pacote exige acompanhamento para avaliar se será suficiente ou se será necessária uma segunda fase”, completou a Abiquim.

Para mais informações, leia a notícia completa na Agência Brasil.

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