Brasil, 15 de agosto de 2025
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Hytalo Santos e Euro são presos por tráfico humano em SP

Os influenciadores Hytalo Santos e Euro foram detidos em São Paulo, suspeitos de tráfico humano e exploração sexual.

Na manhã desta quinta-feira (15), os influenciadores Hytalo Santos, conhecido por seu conteúdo nas redes sociais, e seu marido Israel Nata Vicente, o Euro, foram presos em Carapicuíba, na Grande São Paulo. As autoridades investigam ambos por tráfico humano e exploração sexual, num caso que tem chamado a atenção devido ao envolvimento de menores de idade na produção de conteúdo digital.

A prisão e as acusações

A detenção de Hytalo e Euro ocorreu após uma série de investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Os promotores estão averiguando se os influenciadores estiveram envolvidos na “adultização” de menores em suas produções, um termo utilizado para descrever a exposição inapropriada de crianças e adolescentes em conteúdos considerados inadequados. O assunto ganhou notoriedade após o youtuber Felca, que possui mais de 4 milhões de inscritos, fazer denúncias públicas sobre o casal.

De acordo com documentos judiciais, o juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa apontou que existem “fortes indícios” de delitos, incluindo tráfico de pessoas e trabalho infantil irregular. O magistrado salientou que a prisão é essencial para preservar a integridade das investigações, especialmente após indícios de que os dois influenciadores poderiam estar tentando ocultar provas e intimidir testemunhas.

A investigação e as medidas judiciais

O caso começou a ganhar contornos legais em 2024, quando o MPPB fez uma apuração que envolveu denúncias de vizinhos sobre comportamentos suspeitos em uma residência frequentada por adolescentes. Os relatos incluíam a presença de jovens consumindo álcool e participando de festas inadequadas.

Durante a investigação, foram coletados mais de 15 depoimentos e analisados cerca de 50 vídeos de conteúdo postados nas redes sociais de Hytalo. O procurador Flávio Gondim detalhou que as investigações têm como foco a construção de um potencial esquema de emancipação de menores em troca de presentes materiais, o que levanta sérias questões sobre exploração e abusos.

Consequências e restrições

Como resultado imediato da situação, a Justiça determinou que Hytalo fosse impedido de acessar suas contas nas redes sociais. As postagens na plataforma, que poderiam gerar receita, foram desmonetizadas, amparando a decisão de que não deveriam dar retorno financeiro ao influenciador. Além disso, ele foi explicitamente proibido de manter contato com os adolescentes que estão sendo investigados.

Recentemente, a Justiça também emitiu ordens de busca que levaram à apreensão de dispositivos eletrônicos, como celulares e um computador, que podem conter evidências cruciais para a investigação. A abertura de portas foi autorizada, considerando a possibilidade de resistência.

Defesa e posicionamento dos influenciadores

O advogado de Hytalo, Sean Abib, afirmou que o influenciador estava surpreso com as medidas e se dispunha a colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos. Em nota, Hytalo Santos negou todas as acusações, enfatizando que nunca consentiu com atos que pudessem prejudicar a dignidade de crianças e adolescentes. Ele ressalta sua intenção de provar sua inocência durante o processo judicial.

Impacto social e repercussão da notícia

O caso de Hytalo Santos e Euro levantou discussões significativas sobre a responsabilidade de influenciadores digitais frente à legislação relacionada a menores de idade. Os debates em torno da “adultização” e da exploração nas redes sociais estão começando a ganhar maior visibilidade, reforçando a importância de uma abordagem mais rigorosa sobre como as plataformas tratam conteúdos que envolvem jovens.

Com a prisão dos influenciadores, muitos internautas e cidadãos estão exigindo mudanças imediatamente, destacando que é essencial proteger os mais vulneráveis no mundo digital. A investigação, que continuará a ser acompanhada de perto, pode servir como um marco para ações futuras semelhantes em relação a abusos cometidos contra menores na internet.

O desdobramento dessa situação ainda é incerto, mas a expectativa é que as instituições envolvidas sigam comprometidas em enfrentar essa problemática de forma contundente e efetiva.

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