Brasil, 16 de agosto de 2025
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Fiesp mantém previsão de crescimento do PIB em 2,4% para 2025

A Federação das Indústrias de São Paulo revisou levemente suas expectativas econômicas, mantendo o crescimento do PIB em 2,4% devido às condições internacionais desfavoráveis.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou nesta semana a atualização de seu boletim de estatísticas e expectativas econômicas, mantendo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,4% para 2025. A entidade chegou a considerar revisá-la para 2,6%, mas preferiu preservar o percentual anterior, diante de uma piora nas condições externas, especialmente com o início do tarifão nos Estados Unidos.

Impacto das condições internacionais na projeção do PIB

Nesta semana, o mercado financeiro revisou para baixo suas estimativas de crescimento, projetando um PIB de 2,21% ao final de 2025. Segundo Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp, o impacto potencial das tarifas nos Estados Unidos contribuiu para essa revisão. “Antes, trabalhávamos com uma perspectiva de viés de alta que por ora se dissipou, até levando em conta a questão das tarifas,” explicou à Agência Brasil. “O impacto potencial no PIB para 2025, considerando as tarifas, é de aproximadamente 0,2 ponto porcentual, que era o possível viés de alta que poderíamos ter. Ainda não revisamos para baixo oficialmente.”

Perspectivas setoriais e crescimento moderado

Embora o cenário seja considerado positivo, a Fiesp aponta para uma desaceleração em alguns setores específicos. A agropecuária deve recuar 0,6%, enquanto a indústria de transformação deverá cair 0,7%. Além disso, há previsão de uma redução de 0,4% no consumo dos governos e de 0,7% nos investimentos públicos e privados, refletindo um movimento de acomodação no segundo semestre.

De acordo com Rocha, essa desaceleração é natural para essa fase de transição econômica. “Nessa acomodação, investimentos e consumo do setor público também desaceleram. É um movimento esperado e natural nesta fase de ajuste,” afirmou.

Desafios internos e externos para a indústria de transformação

O desaquecimento da economia, principalmente na indústria de transformação, está associado às restrições financeiras internas e externas. Rocha destaca que as condições de crédito, influenciadas pelos juros elevados nos mercados interno e externo, dificultam o andamento do setor. Essas restrições financeiras, somadas à incerteza eleitoral para 2026, aumentam o ambiente de desafios para o crescimento econômico.

Previsões para comércio, consumo e importações

As importações devem diminuir 1,5% devido à redução no ritmo da atividade econômica, enquanto o consumo das famílias tende a crescer 0,6%. Além disso, o setor de serviços projeta um avanço moderado de 0,3%, e as exportações devem subir cerca de 0,2%, mesmo com o cenário de maior incerteza internacional.

Indicadores positivos e desafios futuros

Apesar das dificuldades, alguns indicadores continuam sólidos, como o consumo das famílias e o setor de serviços, que apresentam sinais de crescimento moderado. Especialistas ressaltam que a manutenção dessas expectativas depende, em grande medida, do cenário internacional e das políticas econômicas adotadas nos próximos meses.

Para o próximo semestre, a entidade espera uma desaceleração natural na atividade econômica, com estabilização gradual e foco na recuperação dos setores mais impactados. Rocha reforça que o cenário externo, sobretudo as tarifas nos EUA, deve seguir sendo uma variável decisiva para as projeções econômicas brasileiras.

Fonte: Agência Brasil

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