Brasil, 16 de agosto de 2025
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Eduardo Bolsonaro enfrenta pedidos de cassação na Câmara dos Deputados

Hugo Motta encaminhou 20 pedidos de quebra de decoro contra 11 deputados, incluindo quatro representações para cassar Eduardo Bolsonaro.

O clima político no Brasil se intensificou com a recente decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que, nesta sexta-feira (15), protocolou 20 pedidos de abertura de processos por quebra de decoro parlamentar contra 11 deputados. Dentre esses pedidos, destacam-se quatro representações que buscam a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Quebra de decoro parlamentar e os outros acusados

No despacho enviado ao Conselho de Ética, Motta também incluiu representações contra outros dez parlamentares por práticas de quebra de decoro. Entre os acusados, encontramos nomes como André Janones (Avante-MG), Gustavo Gayer (PL-GO) e Gilvan da Federal (PL-ES). Cada um deles será avaliado em um processo separado, buscando esclarecer as denúncias apresentadas.

A situação de Eduardo Bolsonaro é particularmente crítica, uma vez que ele está sendo investigado por obstrução à Justiça e coação no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, o parlamentar licenciou-se do cargo e se deslocou para os Estados Unidos, onde fez declarações polêmicas, pedindo sanções contra a economia brasileira e autoridades do país.

Acusações graves contra Eduardo Bolsonaro

As representações que visam a cassação do mandato de Eduardo também destacam ações que, segundo o Partido dos Trabalhadores (PT), atentam contra a soberania nacional. O partido informou que o deputado tem promovido, fora do país, retaliações e tentativas de coação a membros do Poder Judiciário, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, relator de processos relacionados ao ex-presidente.

Na visão do PT, as declarações de Eduardo Bolsonaro configuram uma tentativa clara de intimidação e, portanto, violam os princípios do decoro parlamentar. Ao acusá-lo de se aliar a um estrangeiro em busca de sanções contra seu próprio país, a representação procura um desfecho a este comportamento que consideram inaceitável.

Eduardo, por sua vez, afirma que está sendo alvo de uma perseguição política. Ele alega que as tarifas impostas pelos Estados Unidos só poderão ser revistas mediante uma “anistia geral e irrestrita” para todos aqueles envolvidos na tentativa de golpe de Estado que resultou nas eleições presidenciais de 2022.

Reação da Câmara dos Deputados

A recente movimentação na Câmara, com a oposição reivindicando anistia, trouxe à tona discussões acaloradas, especialmente durante o motim de parlamentares que ocorreu na primeira semana de agosto. Durante esse período, a oposição chegou a obstruir os trabalhos legislativos, pressionando o então presidente da Casa a pautar o projeto de anistia.

Entretanto, Hugo Motta foi firme em sua posição, afirmando em entrevista à GloboNews que não cederá à chantagem e que não há ambiente favorável para discutir uma anistia ampla a pessoas acusadas de envolvimento em atos graves, como o planejamento de assassinatos.

“Não há ambiente na Casa para uma anistia ampla, geral e irrestrita”, declarou.

Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro também se encontra na mira da Justiça, sendo acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar tentativas de golpe e influenciar comandantes militares para que a eleição presidencial de 2022 fosse anulada.

Investigações em andamento

As investigações que envolvem a família Bolsonaro e outros parlamentares já suscitaram e continuam a suscitar debates acalorados na sociedade. A Polícia Federal (PF) já localizou planos que sugerem a intenção de prender ou até mesmo assassinar autoridades do Brasil, enquanto os acusados negam qualquer tipo de envolvimento. O STF já agendou o julgamento de Jair Bolsonaro para o dia 2 de setembro, em um momento decisivo para o futuro político do ex-presidente e seus aliados.

A situação continua a evoluir, e a população acompanha atentamente os desdobramentos dessas representações e as respostas da Câmara dos Deputados. As implicações dessas demandas vão além do âmbito político, tocando a esfera da ética política e da soberania nacional.

Para mais informações, acesse a reportagem completa na Agência Brasil.

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