Brasil, 15 de agosto de 2025
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Baixa aplicação do racismo no código penal português causa debate

Petição em Portugal busca alterar o Código Penal para ampliar a criminalização do racismo, que é pouco aplicado atualmente.

A Casa do Brasil explicou os motivos pelos quais há poucos casos de criminalização do racismo, previsto no artigo 240 do código penal português, mas pouco aplicado na prática. Segundo a instituição, a dificuldade está na exigência de que o crime seja tornado público, ou seja, divulgado de forma a atingir uma grande audiência.

Razões para a pouca criminalização do racismo em Portugal

“Porque exige que o crime de difamação seja tornado público, publicitado… Os tribunais têm entendido que são situações dentro dos limites da liberdade de expressão”, afirmou a Casa do Brasil. Essa interpretação jurídica dificulta ações de punição eficazes contra práticas racistas que não envolvem publicidade ou divulgação amplificada.

Discriminação e a necessidade de propaganda

O primeiro item do artigo 240 define a discriminação como “em razão da origem étnico-racial, nacional ou religiosa, cor, nacionalidade”. No entanto, para que haja acusação formal, é necessário que essa discriminação esteja vinculada a atos de propaganda, o que limita a receptividade das denúncias perante o sistema jurídico.

Campanha por mudanças na legislação

Uma petição online já conta com quase oito mil assinaturas, mas ainda precisa de 20 mil para ser encaminhada ao Parlamento e propor uma alteração no Código Penal. A iniciativa visa ampliar o entendimento jurídico sobre o racismo, para que todas as formas de discriminação sejam considerados crimes com resposta eficaz e proporcional.

Dados sobre as denúncias de racismo em Portugal

Segundo a petição, foram feitas 491 queixas relacionadas a casos de racismo em 2022, entretanto, apenas 97 dessas denúncias resultaram em processos judiciais — aproximadamente 20%. Os organizadores da campanha argumentam que essa baixa taxa de criminalização evidencia a necessidade de mudanças na legislação.

Próximos passos e objetivos

A proposta de lei pretende garantir uma resposta mais eficiente às manifestações de racismo, que muitas vezes ficam sem punição devido às limitações do atual código. A campanha continua buscando apoio para alcançar o número de assinaturas necessárias e pressionar o Parlamento português a reformar a legislação.

Para assinar a petição e saber mais detalhes, acesse aqui.

Para mais informações, confira a matéria completa em O Globo.

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