O filme de horror “Weapons”, dirigido por Zach Cregger, se tornou um fenômeno de bilheteria em 2025. Entre referências escondidas e teorias, há muito a explorar por trás dessa produção que conquistou o público e a crítica.
O significado por trás do número 217
Um dos detalhes mais observados pelos fãs é o número 217, que aparece como o horário do filme — 2h17. Essa referência é uma homenagem direta a Stephen King e seu clássico “The Shining”.
No livro de King, o cômodo 217 do hotel Stanley é palco de encontros sobrenaturais, inspirado na própria experiência do autor. Já na adaptação de Kubrick, o número foi alterado para 237, por razões comerciais com o hotel. Apesar disso, a simbologia de 217 permanece forte na cultura do horror.
Conexões e simbolismos internos
Outros indícios da importância do número aparecem na estrutura do filme: a proporção entre personagens deixados para trás e aqueles que desaparecem na sala de aula é 2:17. Além disso, sete protagonistas têm “pedaços” de 12 minutos cada — o número invertido de 2:17, reforçando essa referência oculta.
Outra teoria sugere que o número 217 faz referência às 217 votes que aprovaram uma proibição às armas de fogo nos EUA em 2022, adicionando uma camada política ao filme.
Parasitas, símbolos ocultos e feitiçaria
O filme aponta várias referências aos parasitas — simbolizando a manipulação e o controle, como no quadro na sala de Justine, que aborda o tema. A presença de cordyceps, fungos que assumem o controle de insetos, também reforça esse conceito.
Outro símbolo enigmático é o “⛛6” gravado na campainha de Gladys, cuja origem é debatida. Muitas teorias sugerem que a marca está relacionada a símbolos de feitiçaria, como o triângulo, tradicionalmente ligado à deusa senhora do ocultismo, ou ao número 666, símbolo do mal.
Gladys, bruxa ou força sobrenatural?
Há uma teoria popular de que Gladys não seria apenas uma antiga tia, mas uma bruxa ou entidade sobrenatural que habita seu corpo. Seus comentários sobre “consumo” (tubercolose antiga) reforçam essa ideia, já que a doença era comum no século XIX.
Influências e bastidores do filme
Cregger revelou que sua inspiração veio do filme “Magnolia” (1999), de Paul Thomas Anderson, considerado a princípio uma “horror épico”. A estética de personagens como Paul, interpretado por Ehrenreich, homenageia protagonistas do cinema de autor.
O processo de filmagem também foi cheio de detalhes curiosos: as crianças receberam treinamentos específicos em obstáculos, e cenas tiveram preparação minuciosa. Além disso, Cregger escreveu o roteiro sendo guiado mais pela intuição do que por um plano fixo, criando uma narrativa orgânica e complexa.
Elenco e participações especiais
Personagens de grande destaque incluem Julia Garner, que substituiu Renate Reinsve, e Josh Brolin, que assumiu o papel de Pedro Pascal devido a conflitos na agenda. Justin Long e Sara Paxton, conhecidos de “Barbarian”, também aparecem em pequenas participações.
Teorias e mistérios não resolvidos
O filme é cercado de detalhes que alimentam interpretações: o símbolo na lata de Trolls usado no filme, por exemplo, é semelhante ao símbolo de Alcoólicos Anônimos, refletindo a forte ligação do diretor com histórias de alcoolismo familiar.
Outra teoria sugere que Gladys, na verdade, seria uma entidade antiga, possivelmente uma bruxa, que habita o corpo de uma pessoa mais jovem, uma ideia alimentada por suas referências a doenças antigas e símbolos ocultistas.
Curiosidades de produção e bastidores
O filme teve uma quantidade significativa de detalhes improvisados durante as gravações. Cregger mesmo pintou a palavra “Witch” na lateral do carro de Garner em um intervalo de gravação. A conexão com a história da família do diretor, marcada pelo alcoolismo, também influenciou na narrativa.
O sucesso de “Weapons” gerou grande disputa por seus direitos, com negócios bilionários envolvendo nomes como Jordan Peele, que quase se envolveu na produção, e várias mudanças no elenco original, incluindo a troca de atores como Pascal e Reinsve.
Impacto cultural e futuro
Entre referências ocultas, simbolismos religiosos e teorias conspiratórias, “Weapons” se consolidou como uma obra que fomenta debates sobre o significado de seus detalhes. As conexões com o universo do horror clássico e a política adicionam camadas de interpretação que fascinam os fãs.
Com uma produção repleta de detalhes meticulosos, o filme promete continuar sendo objeto de análise e discussão, consolidando-se como uma referência de horror contemporâneo.