O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (22) os cinco homenageados do Kennedy Center Honors deste ano, com escolhas que geraram surpresa e controvérsia. Entre os indicados estão o músico country George Strait, o ator Sylvester Stallone, a cantora Gloria Gaynor, a banda de rock Kiss e o ator e cantor Michael Crawford.
Escolhas polêmicas e novidades no Kennedy Center Honors
Início do seu mandato como presidente do centro cultural, Trump declarou ter decidido participar da cerimônia, que tradicionalmente é organizada por uma comissão bipartidária. Ele afirmou estar “98% envolvido” na seleção dos nomes, justificando que descartou artistas considerados “muito woke” ou “excessivamente liberais”.
Durante o anúncio, Trump brincou ao escrever no Twitter: “Ótimos indicados para o TRUMP/KENNEDY CENTER, ops, quero dizer, KENNEDY CENTER, PRÊMIOS.” Ele também mencionou que haverá trabalhos para remodelar a infraestrutura do centro, elevando o espaço ao mais alto nível de luxo, glamour e entretenimento, além de planejar sua participação nas celebrações do 250º aniversário dos Estados Unidos.
Reformas e controvérsias envolvendo o Kennedy Center
Desde sua chegada à presidência do centro, Trump tem promovido mudanças profundas na administração e na imagem da instituição. Ele substituiu a diretoria por aliados políticos e anunciou planos de renomear o prédio, atualmente chamado de John F. Kennedy Center for the Performing Arts, depois de um projeto de mudança de nome cancelado pela Casa Branca.
Até o momento, o centro também tem sido alvo de críticas por sua gestão mais política, incluindo tentativas de transformar a identidade do espaço de forma mais alinhada ao atual governo. Em março, Trump chegou a sugerir que o Kennedy Center fosse renovado e promovido como um símbolo de sua administração, chegando a afirmar que o local “caía em más condições”.
Histórico e influência na arte americana
Tradicionalmente, a honraria do Kennedy Center Honors, criada em 1978, era conferida por um conselho bipartidário, com participação de presidentes dos dois lados políticos. Artistas de diferentes espectros políticos, como Barbra Streisand, Warren Beatty e Charlton Heston, já receberam o reconhecimento ao longo das décadas.
Durante o mandato de Trump, o clima de tensão política influenciou a escolha dos homenageados e a participação em eventos do centro. Durante seus dois primeiros anos na presidência, ele evitou participar da cerimônia devido ao protesto de artistas que boicotaram o evento por motivos políticos, mas agora, como presidente do centro, busca reestruturá-lo sob uma perspectiva mais favorável ao seu governo.
Repercussões e futuros passos
O anúncio dos indicados gerou críticas de setores artísticos e políticos, especialmente por artistas tradicionais que repudiaram a forte intervenção do governo na gestão do espaço cultural. Além disso, há expectativa de novas controvérsias à medida que as reformas no Kennedy Center forem avançando.
Segundo fontes, Trump pretende também remodelar o próprio edifício, revitalizando sua imagem e transformando-o em símbolo de orgulho nacional, além de promover eventos comemorativos ainda este ano. A iniciativa faz parte de uma estratégia de fortalecer sua presença no cenário cultural e político dos Estados Unidos.
