Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, em 12 meses, a desigualdade na inflação persiste: segmentos de alta renda registram uma inflação de 5,0%, enquanto os mais pobres enfrentam 5,4%. A análise destaca que, apesar da queda de 17,1% nos cereais e 19,5% nos tubérculos, o aumento de preços em itens essenciais elevou a pressão sobre os consumidores de baixa renda.
Impacto dos alimentos no orçamento familiar de baixa renda
Para as famílias mais pobres, custos elevados com carnes (23,4%), aves e ovos (10,5%), óleo de soja (19,5%) e café (70,5%) representam grande peso no orçamento. Esses itens, embora tenham apresentado valorização, continuam influenciando a alta geral na inflação do grupo alimentar, que é um dos principais fatores de vulnerabilidade para essa faixa de renda.
Habitação e gastos energéticos elevam pressão financeira
Na categoria de habitação, o impacto para os mais pobres também se manteve alto, impulsionado pelos reajustes na energia elétrica (7,3%) e no gás de botijão (5,6%). Esses aumentos agravaram a capacidade de consumo das famílias de baixa renda, que destinam parcela significativa do orçamento para essas despesas essenciais.
Perspectivas de melhora
Segundo o estudo, a recente queda nos preços de alimentos, especialmente dos cereais, trouxe alívio à inflação dos mais pobres, contribuindo para uma melhora no poder de compra dessas famílias. Entretanto, a pressão de custos em itens de consumo cotidiano ainda representa um desafio relevante para a estabilidade econômica dessas camadas sociais.
Para mais detalhes, acesse o estudo completo no portal O Globo.