Brasil, 18 de agosto de 2025
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Reação negativa à campanha da e.l.f. com Matt Rife por comentários sobre abuso doméstico

Anúncio da marca de cosméticos com humor controverso de Matt Rife gerou indignação nas redes sociais por piadas sobre violência doméstica

A nova campanha publicitária da e.l.f. com o comediante Matt Rife enfrentou forte rejeição após usuários criticarem a escolha do artista, que fez piadas de teor misógino e sobre violência doméstica em seu especial de 2023. A reação negativa levou a questionamentos sobre o posicionamento da marca diante de temas sensíveis.

Publicidade provocativa ou insensível?

Na propaganda, Rife interpreta um advogado fictício chamado “E.l.f.ino”, ao lado de “Schmarnes”, personagem de Heidi N Closet, drag performer. A peça faz uma paródia aos comerciais do escritório de advocacia Cellino & Barnes, presentes no Tri-State dos anos 2000, e tenta abordar questões de beleza e preços abusivos com humor irreverente.

“Ei, garota. Você está cansada de gastar demais com beleza?” diz Rife na sátira. “Seja qual for a sua queixa, eu conheço uma coisa ou duas sobre sinais de alerta. E maquiagem cara? Você merece algo melhor.”

Reação das redes sociais e críticas ao humor de Rife

Apesar do tom divertido, fãs e consumidores criticaram duramente a peça publicitária. Muitas pessoas relembraram comentários de Rife em seu especial na Netflix, onde o comediante fez piadas consideravelmente misóginas, como a de uma mulher receber um soco nos olhos por não cozinhar bem.

Após as críticas ao especial, Rife chegou a realizar uma “desculpa superficial” e fez comentários polêmicos sobre presentes de Natal comprados com dinheiro de OnlyFans de uma mãe. Tais atitudes reforçaram a percepção de insensibilidade do artista.

“AAAAAAANDDDD você me perdeu… Matt Rife, de toda pessoa?” questionou a criadora de conteúdo NikkieTutorials, nos comentários do vídeo da e.l.f. no TikTok. Já no Instagram, outros seguidores se manifestaram contra a presença do humor de Rife na campanha, por exemplo, @kristians_makeup escreveu: “ELF, vou te dizer uma coisa… só porque tem uma drag queen envolvida, NÃO quer dizer que é OK usar Matt Rife?”

Reação positiva entre fãs

Por outro lado, quando Rife compartilhou o mesmo anúncio em seu Instagram, recebeu apoio de seus seguidores. Muitos elogiaram sua presença na campanha, embora isso tenha aprofundado a polarização sobre o tema.

Contexto de controvérsias no setor de moda e beleza

O episódio envolvendo a e.l.f. acontece semanas após a campanha da American Eagle com Sydney Sweeney, que também foi alvo de críticas por suposto estímulo à supremacia branca, gerando debates sobre ética e representatividade na publicidade.

Segundo especialistas, campanhas que lidam com temas delicados precisam de sensibilidade para evitar relações de insensibilidade ou apropriação. Como pontuou a ativista Clark, “ninguém deveria pensar em usar o rosto de alguém que brinca com violência doméstica como símbolo de beleza ou humor na publicidade.”

Possíveis desdobramentos e reflexões

Apesar do apoio de alguns fãs de Rife, a controvérsia reforça a necessidade de marcas avaliarem cuidadosamente suas estratégias de comunicação, especialmente ao abordar questões sociais sensíveis. O debate evidencia ainda o impacto que figuras públicas com passados complexos podem ter na imagem de campanhas de marketing.

Este episódio demonstra a importância de uma responsabilidade social mais consciente na publicidade, buscando evitar que piadas insensíveis ou provocativas transpassem limites éticos e emocionais.

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