A nova campanha da marca de cosméticos e.l.f., que apresenta o comediante Matt Rife, gerou forte repercussão negativa nas redes sociais. A peça publicitária mostra Rife no papel de um advogado fictício, “E.l.f.ino”, em parceria com a personagem drag Heidi N Closet, numa sátira que remete aos tradicionais comerciais de escritórios de advocacia nos anos 2000.
Reação negativa e críticas por associar comediante com piadas de teor insensível
Embora o tom da campanha fosse divertido, internautas se incomodaram com a escolha de Rife, especialmente por causa de piadas feitas na Netflix, em seu especial “Matt Rife: Natural Selection”, onde fez comentários considerados misóginos e insensíveis, como uma piada sobre uma mulher receber um olho roxo por não cozinhar bem. Essa controvérsia reexibiu o debate sobre o que é aceitável em ações de marketing envolvendo figuras públicas.
Ao ver a campanha, muitos usuários criticaram a marca por promover uma celebridade com passado de comentários considerados ofensivos. Uma das afirmações mais marcantes foi de um usuário na redes sociais, que zombou: “Você perdeu a linha… Matt Rife, de TODAS as pessoas?”.
Reações de seguidores e críticos
Enquanto alguns internautas protestaram, alegando que a publicidade mostrou falta de sensibilidade, outros fãs de Rife defenderam sua participação. Em sua conta no Instagram, o próprio comediante compartilhou a campanha, recebendo apoio dos seguidores, que elogiaram sua presença na ação.
Contudo, influenciadores de beleza e consumidores manifestaram descontentamento, como o comentário de @kristians_makeup: “ELF, não adianta colocar uma rainha drag na campanha e achar que tudo está resolvido para colocar o Matt Rife aí”.
Pandemia de controvérsias no universo das campanhas de marcas de beleza
O caso de e.l.f. ocorre semanas após a polêmica envolvendo a ação da marca American Eagle com a atriz Sydney Sweeney, cujo marketing também foi alvo de críticas por supostos vínculos com ideologias de supremacia branca. Especialistas apontaram que essas campanhas acabam se tornando debates culturais sobre representatividade e limites do humor.
Questionamentos sobre a escolha de figuras públicas com passados controversos refletem uma preocupação social maior, especialmente num momento em que o tema violência contra a mulher tem sido amplamente discutido globalmente, como destacou o especialista Clark em um vídeo com mais de 160 mil curtidas: “Ninguém achou que em 2025, com a epidemia de violência contra a mulher, seria adequado usar a imagem de alguém que faz piada com violência doméstica?”.
Apesar das críticas, Matt Rife recebeu apoio em outras redes, demonstrando uma divisão de opiniões sobre o impacto de sua participação na campanha e a responsabilidade das marcas na hora de escolher suas celebridades.
Esta controvérsia evidencia os limites atuais do humor e do marketing, destacando o desafio de equilibrar autenticidade, provocação e responsabilidade social em campanhas publicitárias.