A permanência de John Kennedy no Fluminense foi decidida mais por uma escolha do atleta e sua família do que por uma vontade concreta do clube carioca. A diretoria, embora consciente de que não era o momento ideal para negociar o jogador, se deparou com a negativa do atacante à proposta que poderia tê-lo levado ao futebol europeu.
Proposta do Shaktar e a reação do jogador
O Shaktar Donetsk, da Ucrânia, manifestou interesse em contratar John Kennedy, oferecendo 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 38 milhões) fixos, além de 3 milhões de euros (cerca de R$ 19 milhões) em bônus. Apesar da proposta vantajosa do clube ucraniano, que poderia representar um retorno financeiro significativo para o Fluminense, o atacante não demonstrou vontade de deixar o Brasil.
A diretoria do Fluminense, que já havia percebido a baixa performance de Kennedy desde seu retorno do Pachuca, no México, enxergou a proposta como favorável, considerando o baixo aproveitamento do jogador. O Pachuca não exerceu a opção de compra que tinha sobre o atleta após um empréstimo, deixando o Fluminense em uma situação delicada.
Desempenho abaixo das expectativas
John Kennedy enfrentou dificuldades em mostrar um bom rendimento sob o comando de Renato Gaúcho, que viu outros jogadores, como Everaldo e Germán Cano, se destacarem e se tornarem boas opções no setor ofensivo. Essa falta de desempenho nos treinos e jogos fez com que a diretoria começasse a considerar seriamente a venda do atacante, até mesmo diante da proposta do Shaktar.
Questões contratuais que dificultaram a venda
Além do desempenho insatisfatório, um dos fatores que poderia emperrar a venda de John Kennedy era o fato de que ele possuía 40% dos direitos econômicos ligados ao Social, um clube de Minas Gerais. Com isso, o Fluminense ficaria com apenas 60% dos direitos do jogador, o que complicaria a negociação. Diante dessa situação, a diretoria do Flu informou ao staff de John Kennedy que não aceitaria essa divisão de direitos e que a venda seria inviável nas condições apresentadas.
Consequências para o futuro do jogador
Com a negativa do jogador à proposta e as dificuldades contratuais, a situação de John Kennedy no Fluminense terá que ser revista. A diretoria do clube precisará avaliar o que fazer com um atleta que, até o momento, não apresentou o rendimento esperado, ao mesmo tempo em que tentará encontrar uma solução que seja benéfica para todas as partes envolvidas. Enquanto isso, o atacante terá que se esforçar para recuperar sua imagem e conquistar a confiança da comissão técnica, além de retomar o seu lugar na equipe.
Assim, a permanência de John Kennedy no Fluminense se torna uma história de escolhas pessoais e de negociações complexas, onde a diretoria busca equilibrar as necessidades financeiras e esportivas do clube, enquanto o jogador se vê em um momento de redefinição em sua carreira.