Na última quarta-feira (13), o réu Alexsander Marcial Pinto Costa Bezerra, de 31 anos, foi condenado a 38 anos e seis meses de prisão pelo duplo homicídio de Luana Soares Azevedo Rocha e Victor Iury Gomes de Almeida Sabbag. O crime ocorreu na véspera do Natal de 2022, em Palmas, e envolveu uma emboscada que expôs o contexto de rivalidade entre facções criminosas na região.
Entenda o caso
As vítimas, Luana e Victor, residiam em Cristalândia e foram atraídas até Palmas sob o pretexto de participarem de uma festa de Natal. Porém, a investigação revelou que esse convite era uma armadilha elaborada por Alexsander, que tinha a intenção de assassinar o casal.
O crime culminou com os corpos das vítimas sendo encontrados em uma estrada vicinal às margens da TO-030. Victor foi atingido por dez disparos, e a brutalidade da execução foi caracterizada pela juíza Gisele Pereira de Assunção Veronezi como motivada por razões torpes, considerando o ato desumano e premeditado. Luana, já havia testemunhado a execução de seu namorado e foi assassinada como uma forma de silenciá-la, recebendo também múltiplos disparos.
Detalhes do julgamento e penas
O júri popular estabeleceu que Alexsander deveria pagar R$ 100 mil em indenização por danos morais às famílias das vítimas além da longa pena de prisão. O julgamento revelou que a juíza analisou cada homicídio com detalhe, considerando a intenção maliciosa do réu ao atrair as vítimas para a falsa celebração natalina.
Nos registros do processo, ficou evidenciado que, após buscar os namorados na rodoviária e hospedá-los em um hotel, Alexsander gravou um vídeo de Victor para enviar aos membros de sua facção, comprovando que o jovem estava sob seu controle. Para fingir que levava o casal para uma festa, ele os levou a uma distribuidora de bebidas, onde as vítimas compraram cervejas antes de serem mortas.
A condenação e o futuro de Alexsander
A sentença da juíza Gisele foi enfática ao descrever as circunstâncias violentas em que os crimes ocorreram. Ela considerou o contexto natalino da execução como uma mancha trágica para as famílias de Luana e Victor. Para o assassinato de Victor, a pena foi de 19 anos e três meses. Para Luana, a pena foi proporcional ao impacto de sua morte, tendo em vista que ela era provedora de dois filhos pequenos.
Importante, foi a negativa da juíza em conceder o direito de apelação em liberdade ao réu, que permanece preso sob alegações de alta periculosidade e risco à sociedade.
Denúncia de áudios em comemoração ao assassinato
Após o crime, Alexsander chegou a enviar um áudio para outros membros da facção, comemorando o assassinato e mencionando detalhes brutais da execução, o que gerou mais repercussão sobre o caso nas mídias locais.
A nova condenação é um reflexo da luta das autoridades contra a crescente onda de crimes relacionados a facções no Brasil, que frequentemente envolvem a violência e a brutalidade proporcionada por disputas de território e poder.
As investigações ainda seguem, e as autoridades estão focadas em desmantelar os grupos de facções no Tocantins, buscando garantir segurança à população e justiça às víctimas de crimes violentos.
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